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Interessante artigo na revista sábado (publicado agora online)
É um exercício muito comum, sobretudo entre o sexo masculino: olhar para uma mulher e imaginá-la sem roupa. Alexandre Sequeira Alves, 51 anos, faz muitas vezes o oposto: depois de ver a mesma mulher nua dias a fio, imagina como será vestida. Estranho? Nem por isso. É comum passar horas, semanas, a pintar modelos nus.
O português, que reclama ser o primeiro surfista da Praia Grande, formado em Marketing e Publicidade, ex-dono de bares e dj da extinta discoteca Maria Bolachas, um ícone dos anos 80 na zona de Sintra, frequenta uma das mais reputadas escolas de pintura clássica da actualidade: o Grand Central Atelier, fundado e dirigido pelo "mestre", como ele lhe chama, Jacob Collins, citado recentemente com pompa e circunstância pela revista New Yorker (ver caixa).
Sim, ainda há gente que quer pintar aquilo que vê com rigor, sim, desenhar à vista e reproduzir na perfeição uma figura humana requer muito estudo, técnica, paciência. E dinheiro. Por isso, Alexandre só foi atrás desta vocação aos 44 anos, depois de vender os seus bares e os negócios do pai na área farmacêutica.
Aos 15 "já tinha noção" do que queria fazer – "pintar e desenhar o que via" – , mas o pai, que até apreciava arte e o levou a Paris para conhecer o Louvre de uma ponta à outra, não queria ouvir falar de um filho pintor. "Fiz uns testes psicotécnicos a pedido da minha mãe e isso ainda deixou o meu pai mais furioso… deram todos trabalhos com mãos!" Acabou a estudar Biologia para continuar "o reinado" da família, mas "odiava".
Com a morte do pai, aos 17 anos, ficou ainda mais confuso. Entrou no curso de Marketing e Publicidade do IADE e esqueceu os desenhos. Nessa altura, também quis deixar Lisboa e voltar às suas "raízes", a casa dos avós maternos, na Praia Grande, onde viveu os primeiros três anos de vida, enquanto os pais trabalhavam e moravam em Lisboa.
Foi nesse local de mar agreste, terra do seu avó, a quem ainda ouve chamar "o Eusébio da pesca", que se apaixonou por um desporto que ainda não era desporto, por causa de um velho anúncio a um aftershave. "Praticamente nasci dentro de água, e aprendi sozinho a fazer surf. Sempre fiz carreirinhas, mas aos 12 anos vi um anúncio do Old Spice e decidi que era aquilo." A primeira prancha, de esferovite, trouxe-a a mãe de França. Depois passou a comprá-las, bem como aos fatos, "a bifes [estrangeiros] que iam surfar para a Ericeira e para Carcavelos".
Um português em Queens
Na praia, surgiu a oportunidade de gerir um bar. Depois outro, em Lisboa, o Kaisers. Ainda trabalhou alguns Invernos como dj da discoteca Maria Bolachas, até que aos 44 anos decidiu deixar tudo e ir atrás da velha paixão: o desenho.
Admirador de Rembrandt, Van Gogh, e dos portugueses Silva Porto, Malhoa e Roque Gameiro, diz que fora da pintura clássica – de que destaca Jacob Collins – aprecia algumas obras de Ritcher, Freud, Sargent e Sorola. E planos? "Gostava de montar um estúdio aqui na zona [da Praia Grande] e pintar, pintar até morrer."
Eu era dos que ia embora cedo, a seguir a esta música
Hoje, foto de Pedro Tomé.
A Casa de Repouso Quinta de Colares teve a honra de receber a escritora Isabel Castela Jacques, autora do livro "Sinais e outras Linhas".
O livro é composto por dez narrativas infantis destinadas a todas as idades. Todos os nossos utentes escutaram com bastante atenção o conto da "Velhinha" e no final dialogaram com a escritora sobre o conto; sobre as emoções que sentiram ao ouvir a narrativa, sobre histórias de vida suas e até sugeriram ideias para atividades que poderiam ser utilizadas na apresentação da obra.
Foi uma partilha bastante enriquecedora, e no fim, a Isabel acabou por ler outro conto "O Boneco de Neve" que voltou a deliciar as nossas utentes.
Foi, sem dúvida, uma tarde diferente onde todas puderam voltar a reviver a satisfação de ler um livro, de pensar sobre ele e de expôr as suas emoções, pois os livros conseguem fazer-nos viajar e imaginar, e essa capacidade não se perde ao longo da vida.
A Casa de Repouso agradece à escritora Isabel Castela Jacques por nos ter dado a conhecer o seu magnífico livro e por ter despertado nos participantes este desejo e satisfação pela leitura. Desejamos o maior sucesso na divulgação da obra, e fica a promessa de uma próxima visita!
Vale sempre a pena ouvir.
8.35 da manhã.
Numa deslocação a uma terra vizinha, na freguesia de Colares, vai crescendo o apetite. O corpo clama pela energia que os dois copos de água que bebeu ao acordar não lhe deram.
Um cheiro frutado, um terreno privado.
Ele olha o chão. Olha a árvore, colhe uma ameixa, limpa-a com a mão e come-a.
Repete.
Repete.
Repete.
Pensa para si que não fez diferença nenhuma. Se não tivesse cometido tal prevaricação, em três ou quatro dias, aquelas quatro ameixas juntar-se-iam às dezenas que já se decompunham no chão.
Tal como Rodion Raskólnikov, fica a pensar se terá sido visto.
À noite confessa-se, com um post no blog.
APRESENTAÇÃO DO WEBJORNAL
SELENE – CULTURAS DE SINTRA, EDIÇÃO DE VERÃO 2011 (2º número)
QUARTA-FEIRA, DIA 22 DE JUNHO
NA CASA DE TEATRO DE SINTRA
PROJECÇÃO, CONFERÊNCIAS E CONCERTOS. O ASSUNTO DE FUNDO É “OS PASSOS DA ESCRITORA MARIA GABRIELA LLANSOL EM SINTRA”.
www.selene-culturasdesintra.com é um jornal trimestral online, que irradia de dentro da Vila de Sintra para todo o universo cibernético. Vamos apresentar no próximo dia 22 de Junho, em Sintra, a edição de Verão, o número 2. Para tal criamos um evento físico, um encontro de amigos de Sintra e das suas culturas, que à imagem da apresentação do número 1, será dividido em duas partes:
Às 18 horas lançaremos na internet o número 2, cujo tema de fundo incide sobre a relação da escritora Maria Gabriela Llansol com Sintra, e dos reflexos e presença desta na sua obra. Contamos para tal com o apoio dos responsáveis pelo Espaço Llansol, de Sintra, professores João Barrento e Maria Etelvina Santos, e da escritora sintrense professora Helena Langrouva. A mesa contará ainda com a presença do director de Selene – Culturas de Sintra, que irá comentar a apresentação do jornal nas suas diversas áreas e rubricas.
À noite, pelas 22 horas, dando continuidade a uma linha de produção de eventos na área do spokenword existente em Sintra, Selene – Culturas de Sintra apresentará um recital com os seguintes espectáculos: “Duma Oração Portuguesa”, pelo poeta Paulo Jorge Brito e Abreu; “Núufagia” pelo duo aHrimã.Rosa; e por fim “Suavemente Lastimável” por Orbesirindo.
Todos os eventos decorrerão na Casa de Teatro de Sintra, Rua Veiga da Cunha, 20, perto do Museu de Arte Contemporânea, em Sintra. A entrada para os eventos das 22h tem o custo de 5 euros. Quem quiser, poderá comprar um pacote de bilhete+jantar no restaurante Culto da Tasca, sito na mesma rua, pelo preço de 15 euros.
Informações
Tlm: 96 235 5891
Apesar deste tipo de posts e sugestões aparecerem normalmente no blog mais ao lado, hoje apeteceu-me colocar aqui uma sugestão diferente e algo que desde de há um mês ou dois meses tem vindo a fazer parte das minhas consultas diárias.
É um site que vou ver, antes de me dedicar a qualquer outra leitura.
Uma imagem, vale mil palavras, costuma dizer-se. Há uma categoria no site www.boston.com, chamada The Big Picture .
Neste sítio, carregando no título da notícia, ou onde diz "MORE PHOTOS", um facto do Mundo é descrito por fotos. É interessante, como visualizando e lendo apenas pequenos comentários ficamos com uma noção diferente do que lermos um artigo num jornal ou blog.
Eu podia escrever aqui, que no Sri Lanka, ainda explosões, e há refugiados, e há pessoas a fugir de suas casas, para sítios mais seguros, levando poucos pertences com eles.
Podia dizer que pessoas estão a sair de barco para outra ilha mais segura, lutando contra a fome.
Tudo isto, nos parece familiar, visto algures, e as palavras desaparecerão das nossas memórias.
Mas não deve. Isto não são coisas do passado, aconteceu esta semana.
Como não li, como vi nesta entrada do The Big Picture: refugees_in_sri_lanka , não consegui esquecer, e senti muito mais profundamente o que se passou, e, fiquei muito mais triste. Vi as fotos no Domingo, e ainda penso nelas.
Também podia falar aqui da Páscoa, como é celebrada de forma diferente por diferentes pessoas, mas nenhuma descrição seria suficiente para contar o que se vê, nas excelentes fotos do dia da Páscoa.
Finalmente, gostava de referir que as fotos do terramoto, são também, infelizmente por motivos tristes, impressionantes.
O site é actualizado cerca de 3 vezes por semana, e vale a pena sentir as coisas.
Nota: Para quem gosta de flores, e da Primavera, fica a informação: No Iraque há uma celebração da Primavera, e no México há uma pirâmide que fica com uma sombra única no momento exacto do equinócio. É ir ao dia 21 de Março.
O Concerto de Natal vai começar à hora marcada e vai valer a pena. Só precisa levar boa disposição, amigos, porque vai valer a pena assistir a este cânticos.