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A Quinta da Regaleira vai abrir gratuitamente as suas portas para a realização de um concerto da Orquestra Sinfónica da Universidade de Southampton. As melodias de Bach, Elgar ou Bethoven vão poder ser ouvidas no próximo dia 2 de Agosto, pelas 17H30.

Esta orquestra, é constituída por 40 elementos, e vai fazer um tour por Portugal, a partir de 31 de Julho, com actuações em Palmela, Viana do Castelo e Sintra.

Alvor de Sintra

publicado às 09:40

Já sou adulto na Banda de Colares

por Nuno Saraiva, em 20.07.06

Está a fazer 18 anos em que me deram a certeza que ia actuar com a Banda de Colares.
Na altura, o Sr. Ramos disse-me a mim ao Rui Oliveira e ao Luís (Bartolomeu). Dois ou três dias depois estava no alfaiate a tirar as medidas para a farda.
Dia 15 de Agosto de 1988, lá nos estreámos os três, na festa da Sra. da Assunção, que na altura era enorme, com uma imensidão de gente por todo o lado.
Para ser sincero não toquei quase nada. A banda arrancou da sua sede, a tocar o "Hélico em Paris" mas o bocal do bombardino fugia com os passos. E além disso tinha que tentar ouvir a caixa para manter o passo certo. ;)

Tinha entrado para a banda uns bons meses antes. Fiz o solfejo rápido, que é a parte mais ciêntifica e na qual eu me sinto bem, demorei mais tempo na execução, que é a parte mais artística e na qual não estou tão à vontade. Quando se entra para a banda começa por se aprender o solfejo, que é a arte (ou ciência) de saber ler escrita musical, depois quando já se sabe minimamente solfejo começa-se a executar um instrumento. Na altura queria tocar trompete, como quase todos, mas o Sr. Domingos e o Fernando lá me convenceram que o melhor era o bombardino. E de facto é dos mais belos e independentes instrumentos duma banda filarmónica.
Depois, quando se consegue executar minimamente o instrumento juntamo-nos então aos ensaios da banda - que na gíria se chama passar à estante. Nesse tempo, a prova para passar à estante era conseguir tocar o Hélico em Paris completo, o que pode ser simples num trombone ou num clarinete, mas não o é no bombardino devido aos complexos contra-cantos característicos destes instrumentos.
No primeiro ensaio também não toquei nada. É que a velocidade a que ensaiavamos nas lições era 3 ou 4 vezes mais lenta do que a real. Eu só consegui olhar para os dedos do Fernando e do Moreira e pensar: Estou lixado.

Depois com o tempo lá fomos ensaiando as outras peças: Campos verdes, Fim-de-Festa, Britânicos, Pérola 59, Hootenine, O Mercado Persa, Lena, Vamos à Romaria, Os Pop Show e muitas outras..
E finalmente a 15 de Agosto, para orgulho de pais e essencialmente avó, saí.

Passados 18 anos ainda lá ando. Apesar das dificuldades de tempo e disponibilidade com que nos deparamos no nosso dia-a-dia e com a panoplia de divertimentos e actividades alternativas. Tocar música é um escape e um meio de manter as nossas organizações centenárias vivas.

publicado às 11:40

Como se faz um trompete?

por Nuno Saraiva, em 08.07.06

publicado às 23:20

Uma aula sobre o vinho de Colares

por Nuno Saraiva, em 07.06.06

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Colares, a pequena e encantadora vila, que suavemente se reclina sobre duas colinas da formosa serra de Sintra, e afastada apenas 7 quilómetros deste concelho, tem na história da viticultura nacional um lugar proeminente.

A sua origem remonta a épocas imemoráveis; dela falam velhas crónicas que a povoaram de lendas, e a fama dos seus admiráveis vinhos, leves e delicados na expressão dos poetas, dir-se-iam feitos da polpa dos frutos que lhe decoram os vinhedos e da espuma do mar que quase os beija.

A série de inscrições e antiguidades romanas encontradas, atestam que Colares gozou no tempo do domínio romano de uma situação de relevo; e do período em que os Mouros ocuparam a Península, bastos elementos subsistem que nos apontam o seu valor estratégico e a fertilidade da terra, cuja cultura parecia abençoada.

Conquistada aos Mouros em 1147 logo o seu nome figura entre as terras ligadas aos bens da coroa ou nas doações e favores com que a munificência régia premiava as façanhas dos mais esforçados cavaleiros, ou os serviços dos Áulicos (aristocráticos) que junto aos paços viviam. O seu foral, concedido depois que terminaram as primeiras lutas que antecederam o alvorecer da nacionalidade, depois renovado, as imunidades, privilégios e mercês que as majestades e os senhores donatários lhe conferiram, deram-lhe, durante séculos, uma altiva independência, que era todo o seu orgulho.

O brasão de armas da vila de Colares é constituído por um castelo entre duas árvores e três colares na parte superior do escudo, que simbolizam a luta sagrada na defesa do solo, a agricultura e a lenda que a engrinalda (adorna).

A nomeada dos vinhos de Colares foi reforçada quando da violenta invasão da filoxera, que em 1865 iniciou a devastação de uma grande parte das regiões vinícolas do País, não haver atacado as vinhas de Colares, para o que muito contribuíram as condições dos seus terrenos arenosos, em que o daninho insecto não conseguiu penetrar.

Ferreira Lapa escreveu em 1866: «Colares é um vinho que possui todos os requisitos e qualidades dos vinhos tintos de MEDOC, é o vinho mais francês que possuímos. Os que alcoolizam este vinho para o puxar ao tipo geral dos nossos outros vinhos cometem um erro industrial e um desacato à elegância do bom gosto. A aguardente empasta e obscurece os sabores delicados deste vinho, fica descozida neles, tira-lhe o aroma fino do éter tartárico e do éter butírico, substituindo-o pelo cheiro vinoso, picante e alcoólico dos vinhos carregados em lota.

Ferreira Lapa, depois de haver notado a exagerada força alcoólica de alguns vinhos de Colares que havia dosado, comenta: (É uma aguardentação esta exageradíssima, em que o produtor não tem culpa, mas sim o negociante; em geral, todos os interessados pelas mãos dos quais o vinho de Colares passa antes de chegar ao comerciante, que levam este tempero a tão desmedido grau.)

Compreender-se-á melhor o que aqui deixo exposto sabendo-se que em Colares, como em todas as regiões vinícolas, há vinhos nobres e vinhos plebeus, mas todos do mesmo padrão.

O negociante compra o mau e o bom, e quase sempre é na capa deste último que ele revende o mau que comprou ao desbarato, mas como desta mistura o vinho intermédio se afasta do tipo de vinho bom que sacrificou, a aguardente é chamada a propósito ou não para bornir a lotação que saiu desabrida.

A Adega Regional de Colares é instituída em Agosto de 1931, com um capital de 100 contos; logo se improvisa a elaboração em comum das uvas dos associados na própria vindima desse ano.

Elaboram-se cerca de 630 pipas de vinho e obtiveram-se 2040 litros de aguardente o que tudo se rateou pelos sócios e pela associação, cabendo aqueles 100 litros de vinho por cada 170 kg de uvas entregues e 3 litros de aguardente correspondente a cada pipa de vinho, e a adega o excedente, ou seja, a maquia que pelo estatuto lhe pertencia.

A adega foi criada especialmente para por cobro à confusão reinante na região. Uma vez que era prática corrente vinificar uvas provenientes das areias soltas em mistura com uvas de chão rijo, aguardentação e mistura de vinhos provenientes de outras regiões, para descrédito do vinho de Colares.


Delimitação da Região

A área de produção da DOC vinho Colares, compreende as freguesias de Colares, São Martinho e São João das Lampas, do concelho de Sintra.


Solos

As vinhas destinadas à produção dos vinhos com DOC Colares devem ser instaladas em:
1. Regossolos psamíticos, de areias assentes sobre materiais consolidados, tradicionalmente designados «chão de areia».
2. Solos calcários pardos de margas ou materiais afins, tradicionalmente designados «chão rijo», aptos para a produção de vinho branco ou de vinho tinto.


Castas

1. As castas a utilizar para a produção dos vinhos de Colares são:
a) Em chão de areia:
Vinhos Tintos:
Castas Recomendadas: Ramisco, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: João Santarém, Molar e Parreira Matias:
Vinhos Brancos:
Castas Recomendadas: Malvasia, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: Arinto, Galego Dourado e Jampal.

b) Em chão rijo:
Vinhos Tintos:
Castas Recomendadas: João Santarém, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: Molar, Parreira Matias e Tinta - Miúda.
Vinhos Brancos:
Castas Recomendadas: Malvasia, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: Arinto, Galego Dourado, Fernão Pires, Jampal e Vital.

2. A comercialização de vinhos com referência a uma casta só pode ser feita em relação às castas recomendadas, com prévia autorização da CVRBCC.


Práticas culturais

As vinhas destinadas a produção devem ser conduzidas em forma baixa, e, se aramadas, não deve o arame inferior, no qual será obrigatoriamente conduzida a cepa, exceder a altura de 30 cm.

Na plantação das vinhas em chão de areia respeitar-se-á a prática tradicional de «unhar» a vara de pé franco, no estrato subjacente à camada de areia.


Vinificação

Os vinhos devem provir de vinhas com, pelo menos, quatro anos de enxertia e a sua elaboração deve decorrer dentro da zona de produção em adegas inscritas, aprovadas e controladas pela CVRBCC.

As castas tintas são vinificadas em curtimenta com 50% de desengace, quando destinadas a estagiar durante anos; quando este vinho é encontrado à venda novo «um, dois anos» ele é proveniente de curtimenta com separação de engaços e colagens sucessivas, assim como tratamento pelo frio, por forma a raspar as substancias sólidas o mais rapidamente possível para se tornarem mais suaves na sua juventude; este vinho não se deve guardar durante muito tempo; isto é, deve ser consumido jovem.

As castas brancas são vinificadas de bica - aberta e tratadas através do frio.

Os vinhos brancos e tintos com DOC Colares podem incorporar até um máximo de 10% de produtos a montante do vinho provenientes de vinhas de chão rijo que satisfaçam as exigências estabelecidas.


Rendimento por hectare

A produção máxima por hectare das vinhas destinadas aos vinhos com direito à DOC Colares é fixada em 55 hl para os vinhos tintos e em 70 hl para os vinhos brancos.


Estágio

Os vinhos DOC Colares só podem ser comercializados após estágio mínimo de:
a) Vinhos tintos: 18 meses em vasilhame, seguidos de 6 meses em garrafa.
b) Vinhos brancos: 6 meses em vasilhame, seguidos de 3 meses em garrafa.
Os vinhos tintos e brancos, a comercializar com DOC Colares, devem ter um título alcoométrico mínimo de 10% vol.

 

 

Texto contido nas aulas on line do site Lusa Wines

publicado às 16:39

Image hosting by PhotobucketEXPOSIÇÃO DÁ A CONHECER SABORES DE SINTRA Com o objectivo de destacar o vasto património gastronómico sintrense, a autarquia realiza a exposição “Sabores de Sintra. As Queijadas e o Vinho Ramisco”, no Centro Educativo, Desportivo, Cultural e Recreativo das Azenhas do Mar, de 4 de Março (a partir das 16h00) a 2 de Abril. Informação da CMS

publicado às 10:27


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