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Casas da zona

por Nuno Saraiva, em 25.04.08
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Casa de Manuel Graça Dias, no alto do Penedo

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Casa de autor (para mim) desconhecido, no alto do Penedo. Julgo que é a casa que Mário Laginha referiu numa entrevista como sendo sua. É uma marca de arquitectura moderna na velha aldeia do Penedo. Acho-a bastante interessante, mas (como é frequente) encontro-lhe alguns erros do ponto de vista energético.


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Uma cópia do projecto de Souto Moura junto ao farol da Guia. Esta encontra-se no Banzão e ignoro quem seja o autor.
Gosto sobretudo da secção que se ergue sobre pilotis e talvez gostasse ainda mais se a secção da garagem fosse menor. Acho-a demasiado parecida com a do Souto Moura e também com a do Valsassina, bem perto desta. Arriscaria mais uma autoria de Valsassina, já que Souto Moura agora já não usa esta linguagem. Acho discutivel o facto de ter o interior todo em aço e pladur (sem inercia térmica) e os vãos de vidro do chão ao tecto, sem qualquer respiração ou escape de calor. Estando virada praticamente a poente, eu teria colocado estores de lâminas no exterior destes grandes vãos para evitar os ganhos solares excessivos. Ainda assim, uma casa muito interessante.

Um post de Zé Maria, transcrito na íntegra. (link do post)

publicado às 20:06

Vinho de Colares, Pessoa e o Martinho da Arcada

por Nuno Saraiva, em 10.02.08
Mais uma vez a força histórica do vinho de Colares a fazer com que Colares ficasse na memória dos turistas. E agora as memórias passam-se a escrito para a internet.

E' lì sullo sfondo, presenza sfumata in un azulejo. Nel bar -ristorante Martinho do Arcada, locale storico del 1782, Pessoa scriveva su fogli bianchi, chiaccherava, beveva vino di Colares e quando aveva fame ordinava uova strapazzate con formaggio e baccalà.
Un tavolo non apparecchiato lo ricorda, spartiti musicali sparsi sulla tovaglia, chissà, forse le sue arie preferite...

Valéria Mobiglia em I viaggi di Valeria

publicado às 22:12

Colares e a Blogosfera

por Nuno Saraiva, em 08.02.08

Pense num entusiasmo de viajante! Pense! Pois fora assim que ele chegou da Europa. A primeira vez que atravessara o Atlântico desde a ponta do Mucuripe até o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa. O cabo fica há 140 metros do nível do mar e localiza-se na freguesia de Colares, no Concelho de Sintra, Distrito de Lisboa. Para que servem tais informações? Isso eu deixo para vocês decidirem. Isso sem contar que apesar do Word ter estranhado a palavra Mucuripe, para minha alegria estranhou, também, Concelho e Sintra. Aqui no meu não mais estranhará: anexei ao dicionário do programa. E o quê isso tem a ver? Não sei.

Mas voltando à regra narrativa. A Europa valeu o que pagou. Até mesmo o Euro aos olhos da cara em relação ao famélico Real fora compensado pelas intensas alegrias da viagem. E a compra da máquina digital? "È uma coisa fantástica. Depois de se acostumar que não tem mais que comprar filmes, a liberdade de fotografar é total". É bem verdade que sobrou para a família no retorno ao santo lar. Horas de olhos pregados no vídeo da televisão. Só do Oceanário de Lisboa o relógio bateu tantos minutos que no final o caixa de tempo se esgotara.

Do Brasil até Colares, a ponta da Europa. Um post de José Feitosa no CaririCult

publicado às 09:49

Colares e a Blogosfera - Biclas

por Nuno Saraiva, em 22.01.08

 

 

 

Trilhos a cheirar a mar - Colares

Lá fomos nós com o Núcleo de BTT da Univ. Lusíada a mais uma aventura - o que no início parecia um simples passeio pelos pinhais da região, com vistas para o mar, depressa se transformou num RAID TODO O TERRENO com muitas poças e lama até ao pescoço ! Para finalizar o passeio, tive a "honra" de acompanhar os irmãos Carmona e o colega enfermeiro, num ritmo alucinante por entre subidas e descidas, pedras e lama e sempre acompanhado do apito do amigo POLAR ... Valeu a pena (e pensava eu que conhecia bem a zona)

Adriano Pinto no blog Os caminhos do BTT (post)

publicado às 09:47

Colares e o BTT

por Nuno Saraiva, em 15.01.08

Estava guardado para Domingo o verdadeiro desafio! Com chuva e nevoeiro à mistura a segunda prova (Distância Longa) fui bem mais dura com cerca de 30 km pela vertente mais selvagem e natural da Serra de Sintra, com os seus bosques deslumbrantes. Fica aqui um agradecimento aos Bombeiros Voluntários de Colares pela magnífica estadia, bem-haja a todos..


Um post no Ansbikers

publicado às 22:32

A subtileza de se chamar Colares Cintra

por Nuno Saraiva, em 11.01.08


Osmarina Colares Cintra foi actriz brasileira, com nome artístico Mara Rúbia. Foi tão importante na cultura brasileira que hoje há no Brasil bastantes mulheres com os primeiros nomes Mara Rúbia.


Procurava eu coisas sobre Cintra, quando vim parar a este post.
Por curiosidade pode ler a entrada na wikipédia, ou este memorial.

publicado às 21:19

Natal em Colares

por Nuno Saraiva, em 23.12.07





O meu Natal tem uma história banal. A rima é despropositada, mas não vou alterar a frase: o meu Natal tem uma história banal. Numa família com escassas ligações à religião – ou que se calhar se escondem por detrás das aparências pragmáticas, e nunca as consigo ver -, o Natal é a ocasião e a oportunidade para compensarmos as ausências, para actualizarmos as referências e os olhares, e termos um bocadinho de tempo para estarmos uns com os outros, e todos em simultâneo.
Na casa de bonecas que era o Penedo, com o meu pai à volta da lareira e eu a enfrentar o frio de Dezembro de bicicleta em riste; na casa do Campo Grande, onde os presentes se escondiam nos armários para os embrulhos não serem “violados” por mim e pela minha irmã; depois, à vez, no Bairro de São Miguel, na Boavista, na Quinta do Lambert, de novo no Campo Grande. O tempo e as condições construíram e desconstruíram natais de todas as cores - mais sentidos, mais interiores, mais festivos. Conforme os anos, conforme os acontecimentos de cada ano. Mas sempre com o mesmo quadro inicial: voltarmos a olhar uns para os outros. Pensarmos uns nos outros e no que cada um gostaria de viver e sentir e ter. Fecharmo-nos sobre o que somos – abrindo-nos entre nós.
É assim que todos os anos “adivinho” o Natal – apesar da história banal, sei que os factos determinam o ambiente. Na nossa família – em todas, presumo -, o Natal cresce quando chega uma criança – como esmorece um bocadinho quando parte alguém. Ninguém resiste à alegria de uma criança quando ajuda a compor a árvore ou o presépio, ou quando rasga desalmadamente um embrulho. Mas não ignoramos, entre os mais velhos, a falta que nos faz quem não está. Nessa medida, o Natal acaba por constituir um momento de confronto e luta – entre o melhor que a quadra tem e a memória que não nos deixa viver tranquilamente com a falta, a ausência, o luto. É um conflito de sentimentos, felizmente sempre vencido pelas crianças, que nos obrigam a renascer todos os dias.
Não consigo, no entanto, deixar de pensar neste conjunto de banalidades sem lhe acrescentar a voz avisada de alguém que aqui há tempos, falando sobre as relações amorosas, me dizia: “cada pessoa que passa pela nossa vida deixa-nos um presente cá dentro. Está embrulhado. Quando menos se espera, desembrulha-se e revela-se. Às vezes é um trauma, outras vezes uma flor. Às vezes acrescenta-nos um ponto, outras vezes retira-nos tudo”. É uma grande verdade com a qual nem sempre contamos. As relações morrem, as pessoas desaparecem da nossa vista, e na aparência tudo fica resolvido e em paz. Mas repentinamente o tal presentinho que nos deixaram dá sinal de vida, desembrulha-se, mostra-se e marca posição. Não há impunidades nem páginas em branco quando se sente. Quando se vive. Lembro-me sempre de uma frase do meu amigo Miguel Esteves Cardoso: “mal por mal, mais vale ser bom”. Quando queremos ser bons e conseguimos, o presente que deixamos nos outros é doce e bom. Mas a vida prega-nos partidas vezes demais.
E não é preciso ser Natal para ver um mau presente dar sinal de vida. Deixando-nos sem norte, ou à procura de outro caminho. No balanço que estas épocas do ano sempre convocam, há presentes indesejados que nos servem de bandeja – e para os quais a única solução, antídoto, medicamento, é mesmo voltar ao começo desta conversa: o Natal pode ter uma história banal. Mas é nessa história, uns anos mais sofrida do que noutros, que está a paz que procuramos todo o ano. Porque voltamos a olhar uns para os outros e, nesse instante de absoluta certeza, os presentes que outros deixaram cá dentro e trazem recheio amargo não conseguem desembrulhar-se. São devolvidos à procedência. E a vida, por instantes, parece feita de novo à nossa medida. À medida da família e dos amigos, que é a massa de que se faz o pão de todos os dias.
 
(Ao sábado, reedições. Texto publicado na Lux Woman, um destes natais passados...)


Um texto de Pedro Rolo Duarte, as suas e as nossas memórias.

Aqui na aldeia (perdão, pequena vila), os tempos de menino eram outros. Frio, havia sempre muito frio. O dia 25 era para disfrutar os brinquedos novos. Na "Rua da Cruz" os meninos iam para a rua. Mostravam-se os brinquedos novos, a camisola nova, as luvas novas.

A determinada altura, a Quinta Mazzioti estava abandonada e a zona exterior desta era palco de brincadeiras. Na quinta "do Michael " jogava-se ao pião. Sim, por vezes a prenda de maior sucesso para alguns era o pião.

E claro, muitas vezes se andava da bicicleta. Sempre que alguém ganhava uma bina, todos experimentavam. Na lama, no frio e no nevoeiro.

Era o Natal.

Foto de JPDF

publicado às 18:03

Aconteceu Natal - Colares e a Blogosfera

por Nuno Saraiva, em 16.12.07
Este é um conto. Este conto trás o tema que mais odeio ver associado a Colares. Final Feliz, fica mais um alerta.

Aconteceu Natal

publicado às 20:03

Colares e a Blogosfera

por Nuno Saraiva, em 19.11.07
E quem diria que ontem estive a almoçar em Colares no jardim debaixo de um sol imenso e um céu azulão?

Parece que se virou a página do Verão de um dia para o outro e o tempo de hoje reflecte o mês em que estamos. Apesar de triste, já era altura! Estava a ser preocupante tanta manga curta e chinelo em pleno Novembro!

Venha a chuva. Mas rapidinho!

(aqui)

E hoje foi assim:



Mais aqui

publicado às 22:58

Colares e a Blogosfera

por Nuno Saraiva, em 05.09.07
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Ia bebê-lo em Sintra, acompanhado do meu travesseirinho mas, no fim do IC19, deu-me para seguir os trilhos das praias.

Fui até próximo da Ericeira e lembrei-me de ir até às Azenhas do Mar, voltei para trás e, para azar meu, já quase meio-dia, entrei no Pôr do Sol, desta terra linda, e disse: “é já aqui”!


 


Com a anuência da minha mulher, perguntei, a uma moça, se me serviam dois cafés, pois era quase hora de almoço, mas eu tinha um compromisso e não poderia almoçar lá. Disseram-me que sim e apontou-nos uma mesa redonda, à entrada da porta, do lado direito. Ao entrar estava um casal a almoçar, se calhar, gente da casa.

A moça lá serviu os cafés e eu fiquei logo a dizer mal da vida, pois os cafés não prestavam para nada. Enquanto esperava o café, combinava com a minha mulher ir lá almoçar um dia destes. Mas apesar dos cafés nos desiludirem, fui compensado com um cinzeiro de pau-preto que estava sobre a mesa e que dizia em seu redor – Moçambique. Esta palavra despoletou-me os pensamentos para as costas do Índico e esqueci-me do café.


 

Mas quando eu bebo um café reles, fico logo com o dia estragado e mais estragado ficou quando vou pagar dois cafés que não valem nada e a moça me pede 2,20€! Claro que ninguém me mandou lá ir e se à primeira qualquer pato cai, à segunda só cai o pato que quer. Se os cafés fossem bons eu pagaria de bom grado, mas assim custou-me bem.
Resultado desta conversa. Nunca mais lá haverá almoço para mim! Não era por acaso, apesar de ser ainda cedo, que o Pôr de Sol estava vazio. Se os almoços forem como os cafés, estará tudo dito.

Mas eu sou sempre compensado e este amigo logo veio ter comigo junto às flores e disse-me que o melhor que tinha a fazer, era apreciá-lo a ele e à paisagem e foi o que fiz.


Depois iniciei viagem rumo ao destino, mas ainda, antes do almoço, parei em Colares para tirar mais umas fotos aos velhos eléctricos e à Cooperativa daqueles que foram (ainda serão?) grandes vinhos.

Agora vou falar-vos de uma Rosa. Uma Rosa especial que espero ande por aí neste rectângulo florido. Uma vez encontrei aqui uma Rosa e …

Foi exactamente aqui neste trilho do eléctrico, talvez já com uns carris novos, que eu encontrei uma das minhas Rosas perdidas. Foi em 1962. Desde esse dia nunca mais a vi!
Ia a passar com um tio meu e um amigo e reparei numa Rosa de Adrão que passava sobre o Carril do eléctrico. Disse ao meu tio que ia ali uma moça de Adrão. Ele parou o carro e disse-me para ir falar com ela. Como eu sabia que ele ia com alguma pressa, disse-lhe que não, que ficaria para uma próxima oportunidade. Ele disse-me que essa oportunidade poderia nunca mais existir e que a aproveitasse nesse dia. Verdade, verdadinha, essa oportunidade nunca mais se deu! Veio a Força Aérea, veio a Guerra, no Ultramar, e desapareceu o tempo. O tempo que então sobrava! Eu sabia que ela morava com os pais e uma irmã, em Colares, mas não sabia onde e como Colares era uma terra pequena, a oportunidade existiria, pensei, mas enganei-me. Hoje estive lá e acho que se fosse chorão, teria chorado por não aproveitar essa oportunidade. Soube mais tarde que essa Rosa foi Professora, (será?) por aí, algures, e até lá por Braga, mas nunca mais a vi!

Por isso, posso garantir-vos que nunca é bom deitarmos as oportunidades fora. Éramos crianças e poucas vezes nos víamos. Apenas, quando ela ia à terra matar saudades. Dois ou três anos depois, vi-a aqui no trilho dos eléctricos e sempre que lá passo, vejo-a caminhar serena rumo a um destino que foi o dela.


Este texto tem quase dois anos. É algo muito bem escrito, É o exemplo de como uma coisa banal como dois cafés podem fazer perder (ou não ganhar, para os mais preciosistas) um cliente.

Update:
Texto de Ventor visto aqui.
 

publicado às 23:04


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