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Os plátanos de Colares fazem parte da minha identidade. Como é óbvio, sempre ali estiveram todos os dias que ali passei.
No Verão, o aspecto fresco da Várzea de Colares era, sem dúvida, imagem de marca e dava a Colares, à sua várzea, uma beleza própria.
Mas, admito, eu sou especista. A vida e o bem-estar das pessoas tem de estar acima de tudo. É certo que temos de cuidar do nosso planeta, para o deixar para os nossos netos. É certo que temos de garantir que vivemos todos em democracia e garantimos que é seguida a vontade da maioria. Mas a segurança e a vida humana estão acima de tudo. Já aqui o tinha referido.
As coisas devem ser claras: Foi por isso que assinei e divulguei a petição para que fosse esclarecido tudo o que havia a esclarecer. Temia que fosse mais um "tacho" para um amigo, primo ou cunhado que fosse dono duma empresa de poda de árvores.
O esclarecimento foi dado, foi publicado e relatado aqui no blog, e acho que é completo e convicente.
É com pena que vejo que as associações ambientalistas e afins cada vez mais tomam posições extremistas e cada vez gosto menos delas. Pedro Macieira, do blogue Rio das Maçãs, tem sido uma das vozes que se tem oposto ao trabalho efectuado nas árvores, e vem agora falar de Silêncios de Colares, num post que tomo por injusto.
Como está aqui demonstrado, houve discussão, houve explicações e há a necessidade de podar e abater plátanos. A situação que o amigo Vitalino descreve é realmente importante: O facto de haver pessoas a andar na estrada porque os passeios estão cheio de ramos, como documenta, é mais grave que qualquer poda.
A perda de uma vida humana é algo que temos sempre de lamentar. Não é preciso recuar muito:
16 de Fevereiro: Morre homem no Porto por queda de árvore.
27 de Fevereiro de 2010: Criança morre em Paredes devido a queda de árvore.
26 de Junho de 2010: Bebé de seis meses morre devido à queda de um ramo de árvore.
E podiamos continuar no google em português, e noutras línguas, e há mais.
Infelizmente, o argumento é triste, negro mesmo. Mas é O argumento.
Nuno Saraiva