Teve hoje lugar na sede da Banda, o almoço que encerrou a comemoração do 116º aniversário da Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares.
A sala estava muito bem composta, por músicos, familiares e amigos.
O almoço, carne de porco à alentejana estava bem confeccionado e tinha ameijoas em boa dose (às vezes ficam esquecidas, em certos sítios). Em meu nome e da banda um muito obrigado às cozinheiras, que ano após ano, voluntariamente, confeccionam o almoço.
Músicos
Depois de um momento de maior crise no início da década, gerada essencialmente por dois factores em simultâneo: Abandonos por músicos que casaram, ou iniciaram uma carreira profissional; e impossibilidade de formar novos músicos por haver poucos míudos. O Grupo tem vindo a ganhar bastante coesão e muito interesse no desenvolvimento da banda.
Claro está, há que dar mérito à direcção e ao maestro Fernando Moreira.
Pormenor da mesa tradicionalmente reservada aos músicos e família. E pormenor de duas garrafas de vinho da região vazias, e outra a caminho...
Convívio entre todos os naipes: trompa, Sax tenor, Sax alto, trompete, bateria, e até o naipe da chiadeira.
Geração de ouro de 1977. Já fez 20 anos em que um deles foi ao ensaio "da estante" e não imaginava que terminasse à meia-noite. Isso não era problema, o verdadeiro problema era que os pais também não sabiam. Quando acabou o ensaio, foi quase a correr para casa com três papéis na mão: Hélico em Paris, Fim-de-Festa e Pérola 59. Chegado a casa pergunta a mãe: "- Só agora?"
"-Tive que tocar isto tudo" - respondeu desfolhando os papeis.
Novos músicosO maestro Fernando Moreira serviu de apresentador para as exibições que os novos músicos da escola fizeram. A ansiedade era muita, mas foram alcançadas com sucesso. São sinais muito positivos para o futuro da banda.
Papel Social
Já aqui escrevi, ou no outro blog, que para um miúdo, o associativismo, e principalmente a música - na minha opinião - tem um papel importante na sua formação. Nascem os primeiros desafios, a primeira aprendizagem de algo difícil (solfejo) por vontade própria, e o primeiro trabalho de equipa.
Na foto, Hipólito, que pertence à Banda. Muito trabalha para ela e vive-a como ninguém.
A nova sede
Por fim o menos bom. (não, não foram as palavras do amigo Nuno Moreira, presidente da banda).
A Câmara comprou um terreno para a Banda construir a sua sede. Porém, segundo a CMS não o pode doar. Há uma proposta e um protocolo a analisar, com diversas responsabilidades e consequências, sendo que o único benifício da Banda, tanto quanto tenho conhecimento é o usofruto do terreno, por cedência.
Eu já tinha tido vontade de escrever sobre isto, não o fiz, pois apenas tinha sido falado internamente.
Fiquei muito desiludido com a actuação da Câmara, que recentemente doou alguns terrenos, também merecidos, porém a associações muito mais novas. Há mais de vinte anos que a Câmara vem prometendo oferecer um terreno, ou licenciar pelo menos, e nada.
Para o desporto, muitos com atletas a ganhar ordenado, não falta dinheiro.
Depois deste desabafo, convém analisar o protocolo com calma. Como o presidente disse, era bom termos uma assembleia geral extraordinária muito participada, pois as decisões de aceitar o protocolo proposto, parecem-me que não podem ser tomadas de ânimo leve.
Vamos aguardar a convocatória da mesa da assembleia.
Sexta há ensaio.