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Fiz uma pequena montagem de fotografias para um video. Pena que o upload estragou algumas fotos. De qualquer forma o vídeo ficará sempre disponível aqui à direita.
Museus das Azenhas… As Azenhas como as nossas (do Mar) parecem ter uma importância superior em países como a Bélgica e o Luxemburgo.
Em Liége há um museu que é uma azenha que ainda funciona. A água corre nas azenhas e os visitantes pegam em trigo e fazem farinha, da farinha fazem pão e depois comem o pão… mas há mais máquinas a funcionar com a força da água (algumas fotos).
No Luxemburgo também há um museu das azenhas de água, que pretende contar a história e a importância no desenvolvimento da humanidade dos moinhos de água e dos moinhos em geral. Este museu está inserido num complexo.
Já agora é curioso pensar que no país com melhor nível de vida do mundo, o bilhete para o museu custa apenas 2.5 Euros..
Alguém sabe quem inventou as Azenhas?
Começo no outro blog a colocar uma foto pouco conhecida ou desenho de cada um dos países do nosso planeta.
A volta ao mundo começou precisamente aqui, no Cabo da Roca
De facto o notícias da freguesia já disse tudo sobre o Cabo da Roca. Curiosidades a acrescentar:
O Alvará foi emitido por Marquês de Pombal em 01 de Fevereiro de 1758, pelo que demorou 14 anos a ser construído.
Trata-se do primeiro farol construído de raiz em Portugal, os dois anteriores foram construídos em instalações já existentes.
No ano de 1949 foi abastecido de água da rede pública e em 1980 foi automatizado.
"Feira ao Largo" é o nome do mercado que vai ocupar o Largo da Igreja Matriz de Colares. Com o objectivo de dinamizar o Centro Histórico de Colares, a Junta de Freguesia e a Câmara de Sintra promovem nos Sábados de Junho, Julho, Setembro e Outubro esta feira que vai contar com a presença de alfarrabistas, artesanato, vinhos regionais, produtos de agricultura biológica e muita animação.
"Feira ao Largo" realiza-se nos dias 23 de Junho, 29 de Julho, 30 de Setembro e 28 de Outubro, das 11 às 23 horas. |
Alvor de Sintra |
O Rio das maçãs é o mais recente blog dedicado a Colares. Já somos quatro na freguesia, o que é óptimo. Espero que cada vez apareçam mais, com vários estilos..
De salientar que há algum tempo que procurava um desenho que sabia ter visto. Cheguei a perder tempo em bibliotecas à procura em livros de BD do Michael Vailant. Finalmente apareceu neste blog. Aqui
O nosso amigo e vizinho Ricardo Carvalho enviou-nos esta fotografia de 1958 disponível no arquivo on-line da Câmara Municipal de Sintra, que muito agradeço.
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Aproveito para deixar duas notas:
- O player do post abaixo já funciona para quem quiser ouvir.
- Este blog é aberto a participações, por isso quem quiser participar é enviar o seu texto, foto, ou até mesmo conteúdo audio ou vídeo, para o meu mail. Só não serão publicados conteúdos desapropriados do tema do blog, comerciais ou ofensivos.
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Apesar de estar em cima da hora deixo ainda a nota de mais um passeio que a Alagamares vai organizar Sábado 17 de Junho
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Da Estefânea à Vila Velha, no rasto de José Alfredo (17.06.2006)
A Alagamares-Associação Cultural realiza, neste próximo Sábado, dia 17 de Junho, pelas 10h, um passeio que visa reconstituir a história e as estórias de figuras e locais da Vila de Sintra, seguindo de perto as memórias de um dos maiores vultos da cultura sintrense do séc. XX, José Alfredo da Costa Azevedo (1907-1991), escritor, pintor, publicista e primeiro presidente da Câmara depois do 25 de Abril. Nele se falará da loja maçónica Luz do Sol, de Adães Bermudes, da Sapa e da Piriquita, do Palácio de Valenças, da Lawrence, do Paço de Sintra e muito mais.
Está também prevista uma visita à Sociedade União Sintrense e a um museu municipal (Anjos Teixeira ou Ferreira de Castro). Concentração junto à estátua do Soldado Desconhecido, na Correnteza, em Sintra. Custo: Eur 3.00. Inscrições para o 918343698 ou info@alagamares.net. Limite de 30 participantes.
Leitura prévia recomendada: OBRAS DE JOSÉ ALFREDO DA COSTA AZEVEDO I - BAIRROS DE SINTRA (1997). Edição da C.M. de Sintra, cartonada, com ilustrações, 334 páginas. Outras obras de José Alfredo, aqui.
Colares, a pequena e encantadora vila, que suavemente se reclina sobre duas colinas da formosa serra de Sintra, e afastada apenas 7 quilómetros deste concelho, tem na história da viticultura nacional um lugar proeminente.
A sua origem remonta a épocas imemoráveis; dela falam velhas crónicas que a povoaram de lendas, e a fama dos seus admiráveis vinhos, leves e delicados na expressão dos poetas, dir-se-iam feitos da polpa dos frutos que lhe decoram os vinhedos e da espuma do mar que quase os beija.
A série de inscrições e antiguidades romanas encontradas, atestam que Colares gozou no tempo do domínio romano de uma situação de relevo; e do período em que os Mouros ocuparam a Península, bastos elementos subsistem que nos apontam o seu valor estratégico e a fertilidade da terra, cuja cultura parecia abençoada.
Conquistada aos Mouros em 1147 logo o seu nome figura entre as terras ligadas aos bens da coroa ou nas doações e favores com que a munificência régia premiava as façanhas dos mais esforçados cavaleiros, ou os serviços dos Áulicos (aristocráticos) que junto aos paços viviam. O seu foral, concedido depois que terminaram as primeiras lutas que antecederam o alvorecer da nacionalidade, depois renovado, as imunidades, privilégios e mercês que as majestades e os senhores donatários lhe conferiram, deram-lhe, durante séculos, uma altiva independência, que era todo o seu orgulho.
O brasão de armas da vila de Colares é constituído por um castelo entre duas árvores e três colares na parte superior do escudo, que simbolizam a luta sagrada na defesa do solo, a agricultura e a lenda que a engrinalda (adorna).
A nomeada dos vinhos de Colares foi reforçada quando da violenta invasão da filoxera, que em 1865 iniciou a devastação de uma grande parte das regiões vinícolas do País, não haver atacado as vinhas de Colares, para o que muito contribuíram as condições dos seus terrenos arenosos, em que o daninho insecto não conseguiu penetrar.
Ferreira Lapa escreveu em 1866: «Colares é um vinho que possui todos os requisitos e qualidades dos vinhos tintos de MEDOC, é o vinho mais francês que possuímos. Os que alcoolizam este vinho para o puxar ao tipo geral dos nossos outros vinhos cometem um erro industrial e um desacato à elegância do bom gosto. A aguardente empasta e obscurece os sabores delicados deste vinho, fica descozida neles, tira-lhe o aroma fino do éter tartárico e do éter butírico, substituindo-o pelo cheiro vinoso, picante e alcoólico dos vinhos carregados em lota.
Ferreira Lapa, depois de haver notado a exagerada força alcoólica de alguns vinhos de Colares que havia dosado, comenta: (É uma aguardentação esta exageradíssima, em que o produtor não tem culpa, mas sim o negociante; em geral, todos os interessados pelas mãos dos quais o vinho de Colares passa antes de chegar ao comerciante, que levam este tempero a tão desmedido grau.)
Compreender-se-á melhor o que aqui deixo exposto sabendo-se que em Colares, como em todas as regiões vinícolas, há vinhos nobres e vinhos plebeus, mas todos do mesmo padrão.
O negociante compra o mau e o bom, e quase sempre é na capa deste último que ele revende o mau que comprou ao desbarato, mas como desta mistura o vinho intermédio se afasta do tipo de vinho bom que sacrificou, a aguardente é chamada a propósito ou não para bornir a lotação que saiu desabrida.
A Adega Regional de Colares é instituída em Agosto de 1931, com um capital de 100 contos; logo se improvisa a elaboração em comum das uvas dos associados na própria vindima desse ano.
Elaboram-se cerca de 630 pipas de vinho e obtiveram-se 2040 litros de aguardente o que tudo se rateou pelos sócios e pela associação, cabendo aqueles 100 litros de vinho por cada 170 kg de uvas entregues e 3 litros de aguardente correspondente a cada pipa de vinho, e a adega o excedente, ou seja, a maquia que pelo estatuto lhe pertencia.
A adega foi criada especialmente para por cobro à confusão reinante na região. Uma vez que era prática corrente vinificar uvas provenientes das areias soltas em mistura com uvas de chão rijo, aguardentação e mistura de vinhos provenientes de outras regiões, para descrédito do vinho de Colares.
Delimitação da Região
A área de produção da DOC vinho Colares, compreende as freguesias de Colares, São Martinho e São João das Lampas, do concelho de Sintra.
Solos
As vinhas destinadas à produção dos vinhos com DOC Colares devem ser instaladas em:
1. Regossolos psamíticos, de areias assentes sobre materiais consolidados, tradicionalmente designados «chão de areia».
2. Solos calcários pardos de margas ou materiais afins, tradicionalmente designados «chão rijo», aptos para a produção de vinho branco ou de vinho tinto.
Castas
1. As castas a utilizar para a produção dos vinhos de Colares são:
a) Em chão de areia:
Vinhos Tintos:
Castas Recomendadas: Ramisco, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: João Santarém, Molar e Parreira Matias:
Vinhos Brancos:
Castas Recomendadas: Malvasia, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: Arinto, Galego Dourado e Jampal.
b) Em chão rijo:
Vinhos Tintos:
Castas Recomendadas: João Santarém, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: Molar, Parreira Matias e Tinta - Miúda.
Vinhos Brancos:
Castas Recomendadas: Malvasia, com representação mínima de 80% do total.
Castas Autorizadas: Arinto, Galego Dourado, Fernão Pires, Jampal e Vital.
2. A comercialização de vinhos com referência a uma casta só pode ser feita em relação às castas recomendadas, com prévia autorização da CVRBCC.
Práticas culturais
As vinhas destinadas a produção devem ser conduzidas em forma baixa, e, se aramadas, não deve o arame inferior, no qual será obrigatoriamente conduzida a cepa, exceder a altura de 30 cm.
Na plantação das vinhas em chão de areia respeitar-se-á a prática tradicional de «unhar» a vara de pé franco, no estrato subjacente à camada de areia.
Vinificação
Os vinhos devem provir de vinhas com, pelo menos, quatro anos de enxertia e a sua elaboração deve decorrer dentro da zona de produção em adegas inscritas, aprovadas e controladas pela CVRBCC.
As castas tintas são vinificadas em curtimenta com 50% de desengace, quando destinadas a estagiar durante anos; quando este vinho é encontrado à venda novo «um, dois anos» ele é proveniente de curtimenta com separação de engaços e colagens sucessivas, assim como tratamento pelo frio, por forma a raspar as substancias sólidas o mais rapidamente possível para se tornarem mais suaves na sua juventude; este vinho não se deve guardar durante muito tempo; isto é, deve ser consumido jovem.
As castas brancas são vinificadas de bica - aberta e tratadas através do frio.
Os vinhos brancos e tintos com DOC Colares podem incorporar até um máximo de 10% de produtos a montante do vinho provenientes de vinhas de chão rijo que satisfaçam as exigências estabelecidas.
Rendimento por hectare
A produção máxima por hectare das vinhas destinadas aos vinhos com direito à DOC Colares é fixada em 55 hl para os vinhos tintos e em 70 hl para os vinhos brancos.
Estágio
Os vinhos DOC Colares só podem ser comercializados após estágio mínimo de:
a) Vinhos tintos: 18 meses em vasilhame, seguidos de 6 meses em garrafa.
b) Vinhos brancos: 6 meses em vasilhame, seguidos de 3 meses em garrafa.
Os vinhos tintos e brancos, a comercializar com DOC Colares, devem ter um título alcoométrico mínimo de 10% vol.
Texto contido nas aulas on line do site Lusa Wines