Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]




A família Colares

por Nuno Saraiva, em 01.07.08
A História da Família Collares

I

 

Este pequeno e singelo trabalho tem como objetivo, recuperar um pouco da História de uma família que passou grande parte de suas gerações sem deixar marcas no tempo.

Quero assim homenagear todos aqueles que contribuíram corajosamente neste mundo para trazer até as gerações presentes este sobrenome de gente simples mais acima de tudo honesta e hospitaleira.

 

II

Meus primeiros estudos mostram que a origem da família Collares, inicia-se no sul da França de onde nasce o Brasão do Clã Collares. Mais tarde ressurge com mais força no litoral de Portugal, onde hoje situa-se a cidade de Collares esta conhecida em Portugal como Villa de Collares tão antiga que já existia no tempo dos romanos, porque disto dão testemunho muitas medalhas e inscrições romanas que aí são encontradas. Provavelmente se viu livre do jugo sarraceno ao mesmo tempo que sua vizinha Cintra, que foi resgatada por Don Affonso Henriques por volta do ano de 1200.

Fica muito difícil alocar qualquer informação que possa aproximar, mesmo que distante, de remanescentes desta família nesta época.

Não temos informações que possam narrar com clareza a vinda dos primeiros Collares para o Brasil. Tudo que podemos apresentar é o surgimento do sobrenome no Estado do Rio Grande do Sul, mais tarde pode-se observar o aparecimento também em São Paulo, (Desembargador Alexandre Collares), Fortaleza/CE e em Belo Horizonte/MG. Não é possível sem um grande estudo, buscar a conexão entre as diversas ramificações existentes, mas para tanto seria necessário, antes de mais nada, juntar documentos históricos, hoje muito raros, para iniciar esse estudo.

 

III

Conta nos Jayme Collares Neto, em seus estudos históricos da família Collares do Estado do Rio Grande do Sul que seguindo seus antepassados conseguiu descobrir que os Collares da região de Bagé e do Uruguay pertencem a mesma família que vieram para Palmas, os quais em 1836 adquiriram vastas extensões de terras na região dos arroios Corrales e Queguay-Chico. Essas terras se situavam mais ou menos a meio caminho entre as cidades de Tacuarembó e Payssandú, no Uruguay, nas quais vivem até hoje boa parte de seus descendentes.

Os dois irmãos que em 1810-1820 vieram para as Palmas se chamavam José Luiz Colares e Leonardo José Colares. Eram naturais de Mostardas, município situado no litoral sul-rio-grandense, entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico. Seu pai foi um comerciante Português que se chamava José Luiz Colares, que nasceu em 1751 na Vila de Colares, próximo a Lisboa, em Portugal. Seu nome de família era Luiz, mas ao vir para o Brasil ele acrescentou o sobrenome Colares, porque era inconveniente para um comerciante ter um nome comum, como José Luiz.

Esse, segundo nos relata Jayme Colares Neto, foi o primeiro a se assinar Colares no Rio Grande do Sul. Casou-se em 1788 com Anna Ignácia de Jesus, nascida em Mostardas em 1773, ano de fundação dessa cidade. Era filha de imigrantes açorianos, chegados ao Rio Grande do Sul no começo de 1752, vindos da Vila do Topo, na Ilha de São Jorge.

Além desses Colares já mencionados, existem ou existiram antigamente, pelo menos outras seis famílias Colares/Collares no Rio Grande do Sul, os quais são:

 

* Os Collares de São Simão (Mostardas) são primos cruzados dos primeiros acima citados, pois descendem de Gertrudes, a irmã dos dois Collares que foram para Palmas.

 

* Os Collares Índios de Santo Antônio da Patrulha. A única notícia da existência dessa família é o registro de batizado de Catarina, filha de um índio chamado Luiz Collares e de sua mulher Maria Rodrigues, datado de 1791. Possivelmente essa família se extinguiu. A existência desse índio chamado Luiz Collares em 1791 é um dos mistérios de nossa família que talvez jamais será esclarecido.

 

* Os Collares açorianos do Estreito. São um ramo da numerosa família açoriana Pereira Machado. Os seis órfãos de José Pereira Machado, falecido no Capão do Meio (Estreito) em 1793, acrescentaram Collares ao sobrenome em meados do século XIX. Alguns deles deixaram descendência em Mostardas e possivelmente também em Pelotas, mas não sabemos se tiveram continuidade. Por que toda uma família açoriana resolveu se chamar Collares é outro mistério para o qual não temos nenhuma explicação.

 

* Os Oliveira Collares de Mostardas. Assim se assinaram os quatro filhos de Generosa Maria de Oliveira, nascida em Santo Antônio da Patrulha, filha de um Barcellos. O Primeiro deles, José de Oliveira Collares, que aliás se tornaria proprietário de muitas terras, nasceu em Mostardas em 1846. Existem hoje alguns membros dessa família radicados em Mostardas e em Pelotas. Por que os quatro filhos dessa mulher se assinaram Collares, também não sabemos.

 

* Os Collares negros do Estreito e de Mostardas. Surgiram na época da abolição da escravatura (1888), principalmente no Bojuru (Estreito) e no Passo João Costa (Mostardas). Hoje são bastante numerosos. Talvez tivessem adotado o sobrenome Collares por ter sido esse sobrenome dos seus antigos senhores.

 

* Os Collares açorianos de Santo Antônio da Patrulha. São todos descendentes de um Tenente da Guarda Nacional, chamado José Luiz Collares, que em 1865 partiu para a Guerra do Paraguay, deixando sete filhos e filhas menores. Esse Tenente era, por parte da mãe primo-irmão dos dois Collares que foram para as Palmas.

 

Existem várias outras famílias Collares/Colares, em todo o Brasil. Parece que a mais antiga de todas é a do Ceará, cujos mais antigos antepassados teriam chegado ao Brasil em 1715, vindos também da Vila Colares. Essa família parece ser, também, a mais numerosa de todas. Seus descendentes se acham atualmente dispersos por quase todo o Brasil, do Ceará ao Rio de Janeiro.

Conta a tradição que teriam vindo para o Brasil, não somente um, mas dois irmãos Collares. Um deles teria ficado em Mostardas e o outro teria ido "para o norte".

Tudo que posso dizer a respeito dessa velha lenda é que pelo menos até o momento, não encontramos nenhuma prova da existência desse suposto irmão do primeiro Collares, nem dos seus descendentes.

 

Aqui, bem próximo de nós, existe uma numerosa família Collares na cidade de Sombrio, próximo a Laguna, em Santa Catarina. Esses Collares têm ligação com alguma das famílias Collares de Mostardas, mas até agora não pudemos determinar ao certo com qual daquelas famílias seriam eles descendentes. Seriam descendentes do tal lendário outro irmão de José Luiz? Eles lá contam que vieram de Portugal três irmãos: Um foi para Laguna, outro para a cidade de Rio Grande e o terceiro para Porto Alegre.

Esse foi o relato histórico dos estudos de Jayme Collares Neto, residente na cidade de Porto Alegre/RS.

Como pudemos observar é muito difícil estabelecermos uma ligação a partir de comentários e lendas oriundas de nossos antepassados sem nos atermos a documentos.

I

V

Origem dos Collares de Santa Catarina

Nos relatam alguns de nossos familiares mais antigos que o nome do primeiro Colares de Sombrio foi "Genuíno". É simplesmente impossível agregar fatos históricos a um simples nome. Foi preciso buscar mais fatos, mais histórias, até chegar num denominador comum. De fato todos os Colares de Sombrio, são descendentes da mesma pessoa. Isso é prova irrefutável. Diz os comentários gerais da parentela que: "Irineu é irmão de Luiz, que é irmão de Antonino, que é irmão de José, que é irmão de Januária, que é irmã de Docelyria, que é irmã de Sérgia, que é irmã de Júlia que é irmã de Juvenil. Ou seja todos são filhos e filhas de alguém. Só que Luiz, o segundo da relação nos levou a luz, vejam o que diz o texto de um Livro de Registro de Batismo dos arquivos antigos da Diocese de Tubarão: "Aos nove dias do mês de junho de mil oitocentos e setenta e três, nesta freguesia de Araranguá, baptizei e ministrei os santos óleos a Luiz ...filho legítimo de Genuíno Ignácio Collares e de Gertrudes Maria da Cunha, avós paternos (prejudicado) e Maria D’Oliviera e avós maternos, Luiz Antônio da Cunha e Marculina Monteiro Guimarães". Desta forma fica evidente que se os nomes mencionados acima são todos irmãos, então todos são filhos de Genuíno Ignácio Collares e de Gertrudes Maria da Cunha o que testifica que todos os Colares/Collares do sul de Santa Catarina são descendentes de Genuíno. O que não conseguimos até o presente e levantar qualquer tipo de informação sobre quem era o pai de Genuíno Ignácio Collares. A mãe já sabemos se tratar de Maria D’Oliveira, mas o pai não foi possível decifrar com clareza o nome escrito no livro de registro o que ficou bastante prejudicado a continuidade no retorno histórico de seus antecedentes. Sabemos no entanto por informações de um de seus tataranetos, Luiz Irineu Colares, que seu avô, Irineu, lhe contava que Genuíno, viera de Mostardas para estas bandas (Sombrio) com 22 anos de idade.

Genoíno Ignácio Collares, nasceu no ano de 1848, e faleceu aos 70 anos, em 1918, natural do Estado do Rio Grande do Sul, filho de IGNÁCIO COLLARES e GENEROSA BARCELOS DE OLIVEIRA.

Já Valdomiro Ramos, neto de Genuíno, filho de Docelyria da Cunha Colares, nos narrou em seu depoimento, que Genuíno lutava ao lado dos farroupilhas contra as forças imperiais defendendo os ideais de Bento Gonçalves. Segundo ele foi durante esse período que em uma batalha no litoral riograndense, as forças imperiais de Dom Pedro II, venceram e fizeram alguns farrapos prisioneiros, entre estes estava Genuíno, que após algum tempo feito prisioneiro conseguiu escapar e se pôs em fuga para o norte, vindo a se estabelecer ao norte da lagoa do Sombrio, onde ali já estavam fixadas algumas famílias, dentre elas as de João José de Guimarães e Luiz Antônio da Cunha.

Estes fatos históricos narrados por Valdomiro Ramos (Tio Miro), não foi mencionado por nenhum outro seu descendente, haja vista que Tio Miro, como é conhecido por seus parentes, tinha 92 anos quando nos relatou essas informações. Não são conclusivas todas essas narrativas, absolutamente. Todas as informações ainda se encontram em fase de estudos, novos fatos precisam ser estudados e juntados para que possamos formar este quebra-cabeças, jamais montados na história da família. Todos os depoimentos tem sua importância histórica e merecem serem trazidos as novas gerações.

 

FILHOS DE GENUÍNO IGNÁCIO COLLARES E GERTRUDES MARIA DA CUNHA.

Luiz da Cunha Collares
Nascido em 11 de Junho de 1873.

Antonino da Cunha Collares
Nascido no ano de 1875

Irineu da Cunha Collares
Nascido no ano de 1877

José da Cunha Collares

Juvenil da Cunha Collares

Nascido no ano de 1889

Januária da Cunha Collares

Docelyria da Cunha Collares

Júlia da Cunha Collares

Sérgia da Cunha Collares

Esta forma a grande família deixada por Genuíno e Gertrudes, muito ainda precisamos pesquisar para montar a Árvore Genealógica da Família Collares, entretanto, já estamos bastante avançados e com o auxílio de todos os familiares conseguiremos concluir nosso trabalho.

 

Um trabalho de Edy Colares (Havia copiado deste link http://www.geocities.com/edycolares/

 que deixou de estar disponível)

 

 

 

 

À atenção de Solange Colares

publicado às 23:30


6 comentários

Sem imagem de perfil

De Gustavo Colares a 12.06.2010 às 23:10

Olá,

Chamo-me Gustavo Colares. Nasci em Fortaleza/CE. Sou neto de José Sindeaux Colares. Meu avô sempre me dizia que a família Colares era uma só. Oriunda de uma vila em Portugal, conhecida como "Quinta dos Colares". Os fundadores desta vila, segundo o relato de meu avô, eram resultado de miscigenações entre franceses e libaneses (mouros).

Abraços fraternos aos meus parentes, ainda que distantes!

PS - Engraçado! Por muito pouco não residi em Bagé/RS
Sem imagem de perfil

De Gustavo Collares a 10.10.2012 às 21:03

Sou Gustavo Collares de Fortaleza/CE. Hoje com 33 anos. Desde criança escuto uma história de 3 irmãos Collares vindos de Portugal. Dois teriam ficado no Ceará e um ido para o RS. E que a família originalmente teria vindo da Espanha, passado por Portugal e, finalmente Brasil.
Falavam também do famoso vinho Collares
Sem imagem de perfil

De TADEU COLARES a 26.01.2014 às 18:34

Gustavo, sou Tadeu Colares, tenho qurenta anos a mais do que você. Nascido em Fortaleza e desde criança minha tia nos contava que eramos descendentes de dois irmãos que que teriam vindo de um lugar chamado Colares da região de Sintra e se estabelecido em Belem do Pará. Não sabia que teriam sido três. E que um dels emigrou para o ceará por motivo de saúde. Mas outra versão de que um outro grupo de Colares que teria ido para o RGS; Tenho parentes em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Meu pai era primo de Idelfonso Colares que morava na Av. Duque de Caxias aí em fortaleza.
Meu primo Manoel Jorge de Oliveira Colares que foi para Belem na decada de 50 esteve numa convenção de lojistas pois era presidente da entidade em Belem e que esteve com Alceu Colares, então `Prefeito de Porto Alegra salvo engano e chegaram a conclusão que eram de ramo diferente da familia, mas creuio que todos são originais da região de Sintra de uma Vila chamada Colares de pouco mais de cinco mil habitantes, onde estive lá uma vez.
Sem imagem de perfil

De aureliana colares a 01.11.2016 às 18:22

oi meu nome é Aureliana colares moro em aratuba CE tenho um tio que faleceu com esse nome Idelfonso Colares ai em fortaleza.Bom tenho muito interesse em saber do meu sobrenome colares e sei que o primeiro a chegar aqui em Aratuba fui Julião Colares.Se alguém tiver mais informações sobre os Colares do ceara me fale.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 11.07.2020 às 01:16

Aurelina, sou neta de Ildefonso Colares. Ildefonso tinha como irmãos: Emetério, Jonas, Aldenor e Tarcísio. Todos filhos de Janjão Colares. Todos de Aratuba.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 11.07.2020 às 01:16

"Bisneta"

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.



Mais sobre mim

foto do autor






Arquivo

  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2017
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2016
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2015
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2014
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2013
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2012
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2011
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2010
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2009
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2008
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2007
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2006
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2005
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D

subscrever feeds