por Nuno Saraiva, em 17.01.12
Na sexta-feira de manhã fui à procura do forno de lenha onde - no coração de uma espécie mágica de garagem gastronómica, impossível de encontrar mas perto da Capela de São Mamede em Janas, cheia de cascas de ovo e de nozes acabadas de abrir - são cozidos os bolos-rei que são preferidos pelas populações das freguesias de Colares e de São Martinho.
Eu cá sou fã do bolo-rei da Pastelaria Garrett, no Estoril, em cuja avenida, a vinte passos de casa, morámos durante dois anos. Ela, mesmo assim, prefere o bolo-rei lisboeta da Confeitaria Nacional.
A verdade, difícil de engolir para muitos, é que o bolo-rei está a melhorar. Era seco, branco e avaro. Agora é húmido, amarelo e mais rico em ovos, passas, nozes e pinhões.
Miguel Esteves Cardoso
Público 08/01/2012