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Júlio Cortez Fernandes, num post no seu blog, apresentou a teoria, bem fundamentada que o nome do petisco prego, tem origem em Manuel Dias Prego na Praia das Maçãs.
O "prego" iguaria popular e deliciosa, da qual sou apreciador e consumidor assíduo, suscitou curiosidade de procurar saber como teria surgido na culinária nacional e quem seria seu "inventor". Laboriosas pesquisas e centenas de degustações, permitiram encontrar, finalmente, a solução do "enigma".
O querido amigo, correligionário ilustre Sintrense José Alfredo da Costa Azevedo, autor de interessantes e eruditos trabalhos versando a historiografia do concelho de Sintra, no livro: " VELHARIAS DE SINTRA VI" edição de 1988, promovida pela Câmara Municipal, escreveu, relativamente aos primeiros "edificadores" da Praia das Maçãs e refere, Manuel Dias Prego, que iniciou negócio de "comes e bebes", no final do século XIX. Locanda rudimentar onde servia vinhos de Colares, para acompanhar fatias de carne de vitela, fritas ou assadas, acondicionadas em saboroso pão proveniente de fornos das redondezas. O negócio prosperou, dada fama que as "bifanas do prego" granjearam.
O petisco entrou no vocábulo da gíria popular no princípio do século XX, com designação simplesmente, "prego" em memória do "criador" do pitéu.
Gente doutras localidades do concelho de Sintra, copiou a "ementa" iniciando a propagação, ajudada pela circunstância de passar fazer parte da gastronomia da Feira das Mercês; feirante teria há cerca de um século na zona de Rio de Mouro aberto estabelecimento onde servia pregos durante todo ano. Descendentes, mantiveram a tradição e fundaram a mais antiga casa "pregueira", no concelho de Sintra, restaurante "O ARCO ÍRIS" junto estação ferroviária de Rio de Mouro, vai para cinquenta anos.
Difundido por todo o Pais o prego no entanto, continua a ser servido com mais profusão no Município de Sintra, não admira, graças a Manuel Dias Prego, por volta de 1889 nasceu na então Vila Nova da Praia das Maçãs freguesia de Colares, concelho de Sintra.
A foto é do livro citado no texto.Dedico este "post" ao saudoso José Alfredo, recordando as nossas conversas na varanda da sua casa, com vista e coração sobre Sintra.
COOLARES SPRING MARKET
A Primavera está ao rubro no mercado mais selecto de Portugal. Vamos abrir as portas desta quinta centenária para dar a conhecer as novas tendências para a nova estação, em mais um evento powered by Xicalarica. Aqueles vendedores especiais, escolhidos a dedo, num espaço único entre a serra e o mar onde toda a família se diverte.
Esperamos por todos para um dia diferente!
HORÁRIO: SÁB e DOM, das 11h às 19h
Entrada gratuita
(Para informações e inscrições: coolaresmarketbyxica@gmail
Adira ao evento e saiba mais aqui:https://www.facebook.com/
O novo horário de primavera do eléctrico de Sintra entra em vigor no dia 20 de março e está em funcionamento até 19 de junho. Veja aqui o horário completo.
O eléctrico de Sintra, um dos ex-libris da região, surgiu em 1904 para preencher a necessidade de ligar a vila à Praia das Maçãs. Hoje funciona como um transporte turístico e continua a fazer a ligação entre a Vila e a Praia das Maçãs.
São quase 13 quilómetros de percurso sinuoso entre a serra e o mar, de uma viagem que dura cerca de 45 minutos e onde os passageiros podem usufruir de carruagens abertas ou fechadas.
Via CMS
Este ano desapareceu a piscina.. Será que vamos ter paraíso na Praia Grande?
Foto de Victor Barreto.
A Praia Grande este ano mudou de cor. Foi só o Hotel das Arribas, mas diria que tem influência no ambiente de toda a praia.
Não sei se gosto ou não. É capaz de ser agradável no Verão, mas no Inverno vai tornar a Praia ainda mais cinzenta.
Foto de Pedro Macieira, aqui.
Para o Verão que aí vem o Arenae Malvasia de Colares é um branquinho que assenta na boca como um sopro salgado de maçãs e maresia.
Os vinhos de Colares são dois: o branco, da casta Malvasia de Colares, e o tinto, da casta Ramisco. Ambos são raros, únicos, imprevisíveis e maravilhosos.
É bom partilhar um clima com um vinho. O aquecimento global é uma certeza científica (e enológica) mas cada ano, cada mês é diferente. São muito poucas as uvas Malvasia de Colares e Ramisco. Duas horas chegam para ver todas as vinhas. As vinhas são interessantíssimas. Mesmo quem nunca tenha provado um vinho de Colares há-de deliciar-se com as dificuldades imensas de cultivar as uvas. É emocionante ver como as vinhas resistiram historicamente à filoxera. Mas mais emocionante ainda é ver o que é preciso fazer para ajudá-las a sobreviver aos próprios elementos que lhe dão personalidade.
Uma das razões que me levou a vir viver para Colares foi estar apaixonado pelos vinhos que aqui se fazem. São vinhos que, quanto mais se conhecem, mais se admiram.
O Colares Malvasia é há muitos anos o meu branco português favorito. Cada colheita pode ser um milagre mas, para os apreciadores que se habituaram à magia dele, é reconfortante que consiga manter-se delicioso. É um vinho romântico que não só permite devaneios (o mar, o sal, o vento, as neblinas, a areia, as maçãs reinetas, o sol, as canas, o céu) como os encoraja.
Miguel Esteves Cardoso, in Publico Life and Style