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Novo site do Restaurante das Azenhas
Está muito bom o site do melhor restaurante do concelho de Sintra, o Restaurante das Azenhas.
É um sítio, calmo e tranquilo, com comida bem confeccionada que faz compensar a viagem até às Azenhas do Mar.
Num destes fins-de-semana fui lá para almoçar, mas não almocei. Já eram perto das 14.30 e todas as mesas estavam cheias ou reservadas. Por isso para lá ir é impreterível fazer marcação através 219 280 739.
Apenas se achou ela em frente do capitão (era este o posto que tinha nesse tempo o velho) foi‑se chegando para ele com ar resoluto e enfurecido, O capitão recuou instintivamente um passo.
— Ah! Sr. capitão, disse ela por fim pondo as mãos nas cadeiras, chegando a boca muito perto do rosto dele e abanando raivosa a cabeça: olhe que isto assim não vai direito; fazer‑me andar a cabeça à roda... põe‑me os miolos a ferver... e eu estouro... já viu!...
— Mas o que há então, mulher?... Eu não lhe conheço...
— Não quero cá saber de nada... Já lhe disse que isto não vai bem... e eu estouro...
— Mas por quê?... o que é que tem?... É preciso que você diga...
— Não tenho nada que dizer... Estouro, já lhe disse, Sr. capitão!...
— Pois estoure com trezentos diabos! mas ao menos diga pelo que é que estoura.
— Não tenho nada que dizer... já lhe disse... isto põe a cabeça da gente como uma cebola podre, não tem lugar nenhum... Ir‑me por lá com ares de santarrão comprar frutas...
— Quem, mulher de Deus? Você não se explicará?
— Qual explicar, nem meio explicar! Pois então por ser cá a gente uma mulher velha, que já perdeu os achegos ao mundo, e ela uma pobre rapariga tola e bisbilhoteira, com vontade de saber de tudo, vir‑me cá a mim pregar o mono na bochecha, e a ela em lugar ainda mais melindroso...
— Mas quem é que pregou monos a você mais a ela? e quem é ela?...
— Faz‑se de novo! continuou a mulher exasperando‑se; pois o Sr. capitão já não tinha consentido no casamento?...
— Que casamento? com quem?
— Ai, ai, ai, que cá me anda a cabeça como uma nora solta... Pois o Sr. capitão não sabe que tem um filho?...
— Sim, sei, respondeu este começando a descobrir o mistério.
— E não sabe que ele é um pedaço de um mariola!... A isto o capitão podia, porém não se animou a responder afirmativamente, e perguntou somente:
— E que mais?...
— E não sabe também que eu tenho uma filha que trouxe do Lumiar, a Mariazinha?
— Como, se eu nem a conheço?...
— Pois é uma rapariga muito capaz... e o diabo do tal cadete do seu filho andou por lá a entender com ela muito tempo: namoro para cá, namoro para lá, presentes daqui, promessas dacolá... e afinal de contas... brás!... E então que lhe parece?
O capitão foi às nuvens.
— Até lhe prometeu casamento, dizendo que o Sr. Capitão consentia... Ora eu bem sei que ela também teve a sua culpa... mas eu desculpo isso, porque também já fui rapariga... e sei que quando começa cá o diabo no corpo, adeus! Mas isto põe a gente tonta, porque... enfim a rapariga podia vir a fazer fortuna.
Hoje vi no site No Prato Com a análise do restaurante Sebe Saloia, em Galamares. Nunca lá almocei, mas este restaurante recorda-me o tempo em que andava a tirar a carta. Graças à sebe saloia, ficava sempre em Colares no final das aulas de condução, pois o meu instrutor todos os dias lá ia almoçar. E já na altura, há mais de dez anos, ele referia a Sebe Saloia como o melhor restaurante de todo o concelho.
E diz assim o site:
Na lindíssima estrada que liga Sintra a Colares, há uma pequena aldeia chamada Galamares. Aqui encontramos o restaurante Sebe Saloia - um terço taberna, um terço tasca, um terço chalet Suíço (só vendo!).
É daqueles restaurantes que não se visita por acidente - quem lá começa a ir, além de continuar, vai levando os amigos. Por duas razões: a comida e a simpatia. A comida é saborosa e simples - nada de grandes invenções, simplesmente bons ingredientes e boa mão na cozinha. O serviço é a outra razão de lá ir, simpático e eficiente - a D. Lena consegue atender uma sala cheia de pessoas como em muitos restaurantes três empregados não conseguem…
As atracções gastronómicas principais são os bifinhos enrolados e os nacos na pedra, sempre acompanhados de umas batatas fritas exactamente como aquelas da nossa infância! A sangria é também muito boa, assim como as sobremesas. (link)
Um dia destes ainda lá vou com a Lucyta.
Procuro uma amiga que deixamos de corresponder já ha mauito tempo. Chama-se Ana Lucia Moreira e morava a rua da Liberdade porta 06. alguém conhece ou tem notícias?
Uma boa explicação e prova de dois vinhos de Colares, no blog Copo de Três
Começamos a nossa viagem em direcção a Sintra, onde entre a Serra de Sintra e o Oceano Atlântico, a 25km a Noroeste de Lisboa, situa-se uma pequena zona vitícola muito antiga com produção a remontar ao ano de 1255, aquela que é a Região Demarcada mais ocidental da Europa continental e a mais pequena região produtora de vinhos tranquilos do pais.
Colares foi ganhando fama com os seus vinhos já lá vai o tempo, a nomeada dos vinhos de Colares foi reforçada quando da violenta invasão da filoxera, que em 1865 iniciou a devastação de uma grande parte das regiões vinícolas de Portugal, não haver atacado as vinhas de Colares, para o que muito contribuíram as condições dos seus terrenos arenosos, em que o daninho insecto não conseguiu penetrar. Ler mais.
IL VINO QUASI INTROVABILE !!
Um retrato do Vinho de Colares, aqui
Non tutti i grandi miti sono destinati a durare per sempre, come questi vini prodotti a nord-ovest di Lisbona in Portogallo, che tra qualche decennio correranno il rischio di estinguersi e diventare un lontano ricordo.
Sto scrivendo della zona del Colares e dei suoi magnifici vini che qui si producevano un tempo, perché oggi i giovani sono poco propensi a dedicarsi alla coltivazione della vite in una zona, che si affaccia sull’oceano Atlantico, molto disagiata, con venti che soffiano senza lasciarti tregua e sembrano volerti spazzare via d’un colpo.
Leggendo un romanzo portoghese ho conosciuto la zona del Colares dove il protagonista, un vecchio nobile, dopo anni di solitudine e malinconia aveva ritrovato i suoi adorati figli. Durante la cena fece servire del Pinot Bianco con gli antipasti, e con la portata principale fece servire del Colares d’annata. Purtroppo nemmeno questo delizioso vino servi’ a trattenere i suoi figli che dopo la cena ripartirono ugualmente, lasciando l’anziano genitore nuovamente solo : una triste storia che purtroppo si ripete nel tempo, troppo spesso, fino ai giorni nostri. Ma tornando al tema, mi è rimasto impresso questo nome strano e questo vino , che non avevo mai conosciuto prima, cosi’ durante una mia trasferta in terra portoghese, ne ho approfittato per visitare questa zona, cosi’ misteriosa quanto affascinante.
UN PO DI STORIA DEL COLARES
Già dal XIV secolo il vino Colares veniva esportato, ma la coltivazione è sempre stata faticosa e particolare, in quanto essendo i terreni sabbiosi, per permettere alle radici delle viti di affondare nell’argilla e creta, si dovevano scavare buche profonde anche due metri. I vitigni non erano innestati, in quanto nei terreni sabbiosi il parassita " Fillossera" non sopravvive ( cosi’ è pure nelle zone litoranee del delta del Po, a me vicine ).
I vitigni crescevano poco al di sopra del terreno e si sviluppavano in orizzontale, protetti da dei muretti di pietra, proprio come avviene nell’isola di Pantelleria, in quanto i forti venti provenienti dall’ Oceano Atlantico rischiavano di bruciare letteralmente i grappoli di uva. La varietà dell’uva che da origine ai vini di Colares è il " Ramisco ", una varietà autoctona che molto probabilmente è l’unica in Portogallo a non essere mai stata innestata. Le uve che ne derivano hanno consentito di sviluppare dei tannini naturali ed una acidità al di fuori della norma, tanto che l’imbottigliamento avviene dopo anni ed anni di affinamento in botti di legno, cosi’ che il vino può durare poi, una volta imbottigliato, praticamente in eterno.
LA SITUAZIONE DI OGGI
Oggi il panorama della zona è completamente cambiato, ed essendo a meno di un’ora di macchina da Lisbona è diventata zona di villeggiatura con molte seconde case, ma di vigneti quasi nemmeno l’ombra.
Abbiamo chiesto informazioni in un ristorante di Azenhas do Mar, spettacolare paesino di case bianche a strapiombo sull’ Atlantico, e l’oste si è ricordato che in un paese vicino vive ancora un vecchio viticoltore, un tempo famoso.
Antonio Bernardino Paulo ha 76 anni, portati bene, grazie al Ramisco sorride lui, mentre ci accompagna nella sua vecchia cantina. Ci racconta che fino al 1931 ogni vignaiolo della zona ha prodotto il suo Colares, che veniva esportato per la maggior parte in Inghilterra, mentre oggi tutte le uve vengono conferite ad una Cooperativa, ed i vignaioli passano a ritirare il vino quando pronto.
Si avvicina il momento piu’ emozionante quando il sig. Antonio ci stappa una bottiglia del suo Colares annata 1992, cercando di carpire con lo sguardo le nostre impressioni. Mai mi sarei aspettato un vino del genere : aromi eleganti di bacche mature, accompagnate da note di sottobosco, mentre in bocca è risultato ricco di corpo e struttura, il tutto supportato da una bella spalla acidità, ancora in evidenza. Di questi vini oggi non se ne trovano piu’, e bevendoli si capisce perché questi Ramisco invecchiati un tempo fossero considerati vini di alto lignaggio : vini nobili per gente nobile ( anche solo nell’animo….!!! ).
Ci accompagna a visitare la vecchia cantina, un tempo molto florida viste le dimensioni, ma oggi è tutto vuoto.
" Colares non è morta, è solo addormentata " ci dice il sig. Antonio, in quanto sono già stati impiantati i primi nuovi vigneti , con le nuove tecniche agronomiche, sempre senza piede americano.
Non sono molti i giovani disposti a lavorare la vigna da queste parti, ed anche se il Colares rischia l’estinzione, riusciremo a trovarlo e berlo ancora per molti decenni, in quanto a differenza della maggior parte dei vini moderni, lui può invecchiare ancora molto, molto a lungo……..
Prosit cari amici lettori con i magnifici vini del Colares.
Roberto Gatti