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Colares e a Internet

por Nuno Saraiva, em 30.04.07



Não sei quem são os caminhantes, mas o vídeo está giro.

publicado às 09:55

WWW.AZENHASDOMAR.COM

por Nuno Saraiva, em 26.04.07

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Novo site do Restaurante das Azenhas

 

 

Está muito bom o site do melhor restaurante do concelho de Sintra, o Restaurante das Azenhas.

 

É um sítio, calmo e tranquilo, com comida bem confeccionada que faz compensar a viagem até às Azenhas do Mar.

 

Num destes fins-de-semana fui lá para almoçar, mas não almocei. Já eram perto das 14.30 e todas as mesas estavam cheias ou reservadas. Por isso para lá ir é impreterível fazer marcação através 219 280 739.

 

 

 

 

publicado às 14:03

Colares e a literatura brasileira

por Nuno Saraiva, em 23.04.07
Quem leu este post sabe que eu defendo a palavra colareja como sendo o gentílico de Colares.

Em suma, a abundância de fruta e legumes na zona de Colares era tanta, que qualquer mulher que exercesse essa profissão, era apelidada de colareja. E não há que esconder o passado, muitas vezes era referida de forma pejorativa; como mulher rude, inculta e barulhenta, um pouco à imagem de como por vezes usamos a palavra "peixeira"

Manuel Antônio de Almeida, um jovem médico,escritor e jornalista que escreveu um único livro -  que foi publicado episodicamente num jornal - pois morreu com 30 anos num naufrágio, usa a expressão colareja no seu romance, que retrata um romance na classe baixa.


Capítulo X
Explicações

O velho tenente‑coronel, apesar de virtuoso e bom, não deixava de ter na consciência um sofrível par de pecados, desses que se chamam da carne, e que não hão de ser levados em conta, não de hoje, que a idade o tornara inofensivo, porém do tempo da sua mocidade: o resultado de um deles fora um filho que deixara em Lisboa, fruto de um derradeiro amor que tivera aos 36 anos.

Poucos dias antes de embarcar para o Brasil em companhia del‑rei, estando o infeliz pai em preparativos de viagem, viu entrar‑lhe pela porta adentro uma mulher velha, baixa, gorda, vermelha, vestida, segundo o costume das mulheres da baixa classe do país, com uma saia de ganga azul por cima de um vestido de chita, um lenço branco dobrado triangularmente posto sobre a cabeça e preso embaixo do queixo, e uns grossos sapatões nos pés. Parecia presa de grande agitação e de raiva: seus olhos pequenos e azuis faiscavam de dentro das órbitas afundadas pela idade, suas faces estavam rubras e reluzentes, seus lábios franzinos e franzidos apertavam‑se violentamente um contra o outro como prendendo uma torrente de injúrias, e tornando mais sensível ainda seu queixo pontudo e um pouco revirado.

Apenas se achou ela em frente do capitão (era este o posto que tinha nesse tempo o velho) foi‑se chegando para ele com ar resoluto e enfurecido, O capitão recuou instintivamente um passo.

 

— Ah! Sr. capitão, disse ela por fim pondo as mãos nas cadeiras, chegando a boca muito perto do rosto dele e abanando raivosa a cabeça: olhe que isto assim não vai direito; fazer‑me andar a cabeça à roda... põe‑me os miolos a ferver... e eu estouro... já viu!...

 

— Mas o que há então, mulher?... Eu não lhe conheço...

 

— Não quero cá saber de nada... Já lhe disse que isto não vai bem... e eu estouro...

 

— Mas por quê?... o que é que tem?... É preciso que você diga...

 

— Não tenho nada que dizer... Estouro, já lhe disse, Sr. capitão!...

 

— Pois estoure com trezentos diabos! mas ao menos diga pelo que é que estoura.

 

— Não tenho nada que dizer... já lhe disse... isto põe a cabeça da gente como uma cebola podre, não tem lugar nenhum... Ir‑me por lá com ares de santarrão comprar frutas...

 

— Quem, mulher de Deus? Você não se explicará?

 

— Qual explicar, nem meio explicar! Pois então por ser cá a gente uma mulher velha, que já perdeu os achegos ao mundo, e ela uma pobre rapariga tola e bisbilhoteira, com vontade de saber de tudo, vir‑me cá a mim pregar o mono na bochecha, e a ela em lugar ainda mais melindroso...

 

— Mas quem é que pregou monos a você mais a ela? e quem é ela?...

 

— Faz‑se de novo! continuou a mulher exasperando‑se; pois o Sr. capitão já não tinha consentido no casamento?...

 

— Que casamento? com quem?

 

— Ai, ai, ai, que cá me anda a cabeça como uma nora solta... Pois o Sr. capitão não sabe que tem um filho?...

 

— Sim, sei, respondeu este começando a descobrir o mistério.

 

— E não sabe que ele é um pedaço de um mariola!... A isto o capitão podia, porém não se animou a responder afirmativamente, e perguntou somente:

 

— E que mais?...

 

— E não sabe também que eu tenho uma filha que trouxe do Lumiar, a Mariazinha?

 

— Como, se eu nem a conheço?...

 

— Pois é uma rapariga muito capaz... e o diabo do tal cadete do seu filho andou por lá a entender com ela muito tempo: namoro para cá, namoro para lá, presentes daqui, promessas dacolá... e afinal de contas... brás!... E então que lhe parece?

 

O capitão foi às nuvens.

 

— Até lhe prometeu casamento, dizendo que o Sr. Capitão consentia... Ora eu bem sei que ela também teve a sua culpa... mas eu desculpo isso, porque também já fui rapariga... e sei que quando começa cá o diabo no corpo, adeus! Mas isto põe a gente tonta, porque... enfim a rapariga podia vir a fazer fortuna.

 

O capitão tinha compreendido tudo, e por mais algumas explicações que se seguiram viu‑se reduzido ao maior aperto. Desta vez a diabrura do rapaz era irremediável. A mulher tinha toda a razão; porém casar seu filho com a filha de uma colareja... isso não poderia ser; além de que nada tinha que deixar ao filho, e só com o soldo de cadete não poderia sustentar mulher e casa, restando além disso a dúvida se ele estaria ou não pelos autos...


Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias, 1831

publicado às 22:30

Visita a Monserrate

por Nuno Saraiva, em 22.04.07
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Hoje esteve uma linda tarde, com muito sol, e fui com a Lucyta passear a Monserrate, ver finalmente o interior do Palácio.

Os bilhetes são caros, oito Euros por pessoa, e foram talvez os últimos, agora são nove. Isto porque para ver o palácio, tem que ser visita guiada e incluir o jardim. Uma visita de 90 minutos.

O jardim, que já conhecia, é sempre agradável e fresco (mesmo nos dias mais quentes e abafados). Tem muitas espécies de plantas e na visita guiada são focados alguns pormenores curiosos do sistema das plantas, bem como uma abordagem à história dos que aqui passaram. (Descobri finalmente porque é que os bogalhos têm sempre uma mosca lá dentro).

O interior do palácio é estranho. Todas as paredes são constituídas por painéis de estuque com motivos muito pequenos, e depois tem muitos arcos, com motivos idênticos. Para qualquer lado que se olhe, só se vê é motivos em estuque. O interior ainda não foi recuperado e há alguns painéis e principalmente os tectos em más condições.

O palácio tem uma história triste, pois um dos donos, por falta de dinheiro, vendeu todo o seu interior, não há uma única peça de mobiliário no palácio (E não é que devia haver lá coisas lindíssimas, como a colecção de mais de cem figuras de Santo António ou saber quão interessante seria a biblioteca daquelas famílias); e pior ainda, vendeu o chumbo que isolava o tecto, o que causou infiltrações e é responsável pela degradação dos tectos.

Uma curiosidade é o facto da sala de música estar imaculada, com todo o estuque perfeitinho, o tecto com umas aplicações em dourado que continuam doiradas e umas estátuas das cabeças das deusas gregas à volta da cúpula estão muito brancas.
Isto não foi por magia, mas sim porque como qualquer sala de música que se preze, o tecto tem que ter uma caixa de ar, para evitar o eco, e foi essa caixa de ar que serviu de "filtro" e não deixou que a água entrasse para esta sala.

Por fim, uma última curiosidade: Vi pela primeira vez uma porta redonda.



Em suma, gosto muito do espaço do jardim, da vista e do exterior. O interior não me é agradável, pois causa-me a mesma sensação que uma casa muito cheia de pequenas coisas. É uma tristeza todo o recheio se ter "perdido" entre particulares, apenas se sabe o paradeiro de um enorme lustre da sala de jantar.

Para saber mais visite o site dos Amigos de Monserrate

publicado às 22:35

Sebe Saloia

por Nuno Saraiva, em 19.04.07

Hoje vi no site No Prato Com a análise do restaurante Sebe Saloia, em Galamares. Nunca lá almocei, mas este restaurante recorda-me o tempo em que andava a tirar a carta. Graças à sebe saloia, ficava sempre em Colares no final das aulas de condução, pois o meu instrutor todos os dias lá ia almoçar. E já na altura, há mais de dez anos, ele referia a Sebe Saloia como o melhor restaurante de todo o concelho. 

 

E diz assim o site:

 

 

Na lindíssima estrada que liga Sintra a Colares, há uma pequena aldeia chamada Galamares. Aqui encontramos o restaurante Sebe Saloia - um terço taberna, um terço tasca, um terço chalet Suíço (só vendo!).

É daqueles restaurantes que não se visita por acidente - quem lá começa a ir, além de continuar, vai levando os amigos. Por duas razões: a comida e a simpatia. A comida é saborosa e simples - nada de grandes invenções, simplesmente bons ingredientes e boa mão na cozinha. O serviço é a outra razão de lá ir, simpático e eficiente - a D. Lena consegue atender uma sala cheia de pessoas como em muitos restaurantes três empregados não conseguem…

As atracções gastronómicas principais são os bifinhos enrolados e os nacos na pedra, sempre acompanhados de umas batatas fritas exactamente como aquelas da nossa infância! A sangria é também muito boa, assim como as sobremesas. (link)

 

Um dia destes ainda lá vou com a Lucyta.

publicado às 13:51

O trânsito em Colares

por Nuno Saraiva, em 15.04.07
Acha que o trânsito em Colares deve ter apenas um sentido?
Sim, ascendente pela Abreja e Rua Fria.
Sim, ascendente desde o chafariz da prezinha, descendo as Ruas Fria e Abreja.
Sim, outra (especificar nos comentários).
Não, deve ficar como está.
  
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Uma questão que tem surgido dado o trânsito que se acumula ao fim-de-semana essencialmente devido aos casamentos.

Sendo o trânsito fluido, estamos todos em maior segurança.


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A primeira hipótese é subir pela Rua da Abreja e subir a Rua Fria. Esta opção é a melhor para os turistas, que, caso venham pela Estrada Velha podem facilmente aceder ao Centro de Colares, ou ao Cabo da Roca.

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A segunda opção, parece dificultar o acesso ao "centro" de Colares, mas penso ser a mais adequada para a população de Colares. Quem vai do lado da praia acede pela Rua Fria, Quem vem do lado de Sintra acede pela Rua Inácio da Costa. Quem sai para o lado da Praia sai pela Calçadinha da igreja, para Sintra pela Abreja.

Outra opções melhores que esta poderão existir, tendo em conta possíveis alterações no sentido da Calçadinha da igreja e da Rua José Inácio da Costa. É só por nos comentários..

Votações até 30 de Abril. Uma pessoa um voto.

publicado às 21:26

Pedido de Contacto

por Nuno Saraiva, em 12.04.07

Procuro uma amiga que deixamos de corresponder já ha mauito tempo. Chama-se Ana Lucia Moreira e morava a rua da Liberdade porta 06. alguém conhece ou tem notícias?

adailton

publicado às 10:27

Prova de Vinho de Colares

por Nuno Saraiva, em 11.04.07

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Uma boa explicação e prova de dois vinhos de Colares, no blog Copo de Três

 

Começamos a nossa viagem em direcção a Sintra, onde entre a Serra de Sintra e o Oceano Atlântico, a 25km a Noroeste de Lisboa, situa-se uma pequena zona vitícola muito antiga com produção a remontar ao ano de 1255, aquela que é a Região Demarcada mais ocidental da Europa continental e a mais pequena região produtora de vinhos tranquilos do pais.
Colares foi ganhando fama com os seus vinhos já lá vai o tempo, a nomeada dos vinhos de Colares foi reforçada quando da violenta invasão da filoxera, que em 1865 iniciou a devastação de uma grande parte das regiões vinícolas de Portugal, não haver atacado as vinhas de Colares, para o que muito contribuíram as condições dos seus terrenos arenosos, em que o daninho insecto não conseguiu penetrar.
Ler mais.

publicado às 12:26

Colares non è morta, è solo addormentata

por Nuno Saraiva, em 10.04.07

IL VINO QUASI INTROVABILE !!

Um retrato do Vinho de Colares, aqui

Non tutti i grandi miti sono destinati a durare per sempre, come questi vini prodotti a nord-ovest di Lisbona in Portogallo, che tra qualche decennio correranno il rischio di estinguersi e diventare un lontano ricordo.

Sto scrivendo della zona del Colares e dei suoi magnifici vini che qui si producevano un tempo, perché oggi i giovani sono poco propensi a dedicarsi alla coltivazione della vite in una zona, che si affaccia sull’oceano Atlantico, molto disagiata, con venti che soffiano senza lasciarti tregua e sembrano volerti spazzare via d’un colpo.

Leggendo un romanzo portoghese ho conosciuto la zona del Colares dove il protagonista, un vecchio nobile, dopo anni di solitudine e malinconia aveva ritrovato i suoi adorati figli. Durante la cena fece servire del Pinot Bianco con gli antipasti, e con la portata principale fece servire del Colares d’annata. Purtroppo nemmeno questo delizioso vino servi’ a trattenere i suoi figli che dopo la cena ripartirono ugualmente, lasciando l’anziano genitore nuovamente solo : una triste storia che purtroppo si ripete nel tempo, troppo spesso, fino ai giorni nostri. Ma tornando al tema, mi è rimasto impresso questo nome strano e questo vino , che non avevo mai conosciuto prima, cosi’ durante una mia trasferta in terra portoghese, ne ho approfittato per visitare questa zona, cosi’ misteriosa quanto affascinante.

UN PO DI STORIA DEL COLARES

Già dal XIV secolo il vino Colares veniva esportato, ma la coltivazione è sempre stata faticosa e particolare, in quanto essendo i terreni sabbiosi, per permettere alle radici delle viti di affondare nell’argilla e creta, si dovevano scavare buche profonde anche due metri. I vitigni non erano innestati, in quanto nei terreni sabbiosi il parassita " Fillossera" non sopravvive ( cosi’ è pure nelle zone litoranee del delta del Po, a me vicine ).

I vitigni crescevano poco al di sopra del terreno e si sviluppavano in orizzontale, protetti da dei muretti di pietra, proprio come avviene nell’isola di Pantelleria, in quanto i forti venti provenienti dall’ Oceano Atlantico rischiavano di bruciare letteralmente i grappoli di uva. La varietà dell’uva che da origine ai vini di Colares è il " Ramisco ", una varietà autoctona che molto probabilmente è l’unica in Portogallo a non essere mai stata innestata. Le uve che ne derivano hanno consentito di sviluppare dei tannini naturali ed una acidità al di fuori della norma, tanto che l’imbottigliamento avviene dopo anni ed anni di affinamento in botti di legno, cosi’ che il vino può durare poi, una volta imbottigliato, praticamente in eterno.

LA SITUAZIONE DI OGGI

Oggi il panorama della zona è completamente cambiato, ed essendo a meno di un’ora di macchina da Lisbona è diventata zona di villeggiatura con molte seconde case, ma di vigneti quasi nemmeno l’ombra.

Abbiamo chiesto informazioni in un ristorante di Azenhas do Mar, spettacolare paesino di case bianche a strapiombo sull’ Atlantico, e l’oste si è ricordato che in un paese vicino vive ancora un vecchio viticoltore, un tempo famoso.

Antonio Bernardino Paulo ha 76 anni, portati bene, grazie al Ramisco sorride lui, mentre ci accompagna nella sua vecchia cantina. Ci racconta che fino al 1931 ogni vignaiolo della zona ha prodotto il suo Colares, che veniva esportato per la maggior parte in Inghilterra, mentre oggi tutte le uve vengono conferite ad una Cooperativa, ed i vignaioli passano a ritirare il vino quando pronto.

Si avvicina il momento piu’ emozionante quando il sig. Antonio ci stappa una bottiglia del suo Colares annata 1992, cercando di carpire con lo sguardo le nostre impressioni. Mai mi sarei aspettato un vino del genere : aromi eleganti di bacche mature, accompagnate da note di sottobosco, mentre in bocca è risultato ricco di corpo e struttura, il tutto supportato da una bella spalla acidità, ancora in evidenza. Di questi vini oggi non se ne trovano piu’, e bevendoli si capisce perché questi Ramisco invecchiati un tempo fossero considerati vini di alto lignaggio : vini nobili per gente nobile ( anche solo nell’animo….!!! ).

Ci accompagna a visitare la vecchia cantina, un tempo molto florida viste le dimensioni, ma oggi è tutto vuoto.

" Colares non è morta, è solo addormentata " ci dice il sig. Antonio, in quanto sono già stati impiantati i primi nuovi vigneti , con le nuove tecniche agronomiche, sempre senza piede americano.

Non sono molti i giovani disposti a lavorare la vigna da queste parti, ed anche se il Colares rischia l’estinzione, riusciremo a trovarlo e berlo ancora per molti decenni, in quanto a differenza della maggior parte dei vini moderni, lui può invecchiare ancora molto, molto a lungo……..

Prosit cari amici lettori con i magnifici vini del Colares.

Roberto Gatti

publicado às 11:24

Nossa Senhora de Milides chegou ao Brasil (II)

por Nuno Saraiva, em 06.04.07
Curioso com a citação da frase de Nossa Senhora de Milides num poema brasileiro, em que o autor pretendia dar uma força imensa a um político numa fase má- Paulo Marinho,  aproveitei um e-mail em que pedia autorização para colocar o seu poema neste blog, para lhe perguntar como tinha conhecido tal frase.


Caro Dr. Erasmo, foi com alguma surpresa que reparei, que no seu poema "O filho de Caxias" utilizou uma frase pertencente a uma lenda da minha terra, Colares, acerca da qual edito um blog:
Colares

Teríamos todo o gosto em que nos dissesse como conheceu tal lenda.

(...) Sobre a lenda de Melides, tenho pouco conhecimento na íntegra desta, vez que minha professora de História Geral (já falecida), na época em que eu estudava (1978), contou-me sobre a invasão dos mouros. E que Dom Afonso Henriques assustado e receoso com os mulçumanos, impôs um grande cerco por toda  a Lisboa, e não estando com  seu exército preparado para enfrentar um temido ataque pelo mouros de Sintra.

Assim, o todo poderoso Dom Afonso Henriques, procurou de imediato Dom. Gil, chefe e um dos protetores dos cristãos, sendo que os sanguinários mouros perseguiam em todas as partes. Desta forma, convocado D. Gil um grande cavaleiro templário da Ordem dos Cavaleiros Pobres de Cristo tratou com Dom Afonso em sala secreta uma maneira de formar uma grande cavalaria. Assim, recebendo tais ordens marcou uma reunião à meia-noite com os demais cavaleiros templários, cujos homens eram completamente confiáveis.

Acertado as obrigações e tarefas de cada homem com a função de expiarem todos os movimentos dos mouros na tentativa destes invadirem Lisboa vindo por Cascais pelo Rio Tejo até Sintra. Tendo por fim, que os cavaleiros fizeram tal viagem na madrugada, escondendo durante o dia pelo caminho de Torres Vedras, Santa Cruz e até a cidade de Colares, onde você mora.

A minha professora dizia que tinha um chefe mouro na cidade de Colares temido por todos, por sua valentia e a grande fama de matador de cristãos. De certo que entre a cidade do temido e sanguinário (Colares) e Penedo, a virgem Nossa Senhora apareceu aos cavaleiros de Cristo que temiam pelas suas vidas, ao perceberem a grande quantidade de mouros preparados para invadir Lisboa e matar a todos. E de repente, a virgem Nossa Senhora surgiu entre os cavaleiros que por sinal eram poucos para um confronto armado, atemorizados com a força e armas dos mouros, tentaram retornar para Lisboa quando Nossa Senhoras lhes falou:

 "Não tenhais medo porque ides vinte mas ides mil, mil ides porque ides vinte."

Com essas palavras ditas pela Santa, os cavaleiros tornaram-se afoitos, impetuosos e cheios de coragem, sabendo que Nossa Senhora estava do lado deles, retornaram e partiram para uma grande Cruzada violenta com os temidos mouros, derrotando-os e conquistando com suas espadas  ensangüentadas o mais belos Castelo dos Mouros, daí por diante trataram de erguer uma Capela de Nossa Senhora de Melides, quer dizer: “Mil  Ides”



publicado às 21:35

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